O secretário de Saúde do Recife, Jailson Correia, admitiu que a falta de médicos é um problema nacional e admitiu que, se for necessário, a gestão municipal não deixará de lançar mão de programas nacionais que permitem a contratação de médicos estrangeiros. “Há carência de profissionais sim.
Há uma carência global”.
O gestor começou contando que a primeira medida foi chamar os 11 médicos que haviam passado em concurso público para trabalhar nos PSFs do Recife.
Depois, o prefeito Geraldo Júlio determinou a chamada de volta de profissionais (36) que estavam cedidos a outros órgãos.
Depois a PCR aderiu ao Provab, que concede bolsas de estudos para médicos residentes, em PSF.
Na adesão, captou apenas 20, enquanto alguns municípios aderiram solicitando até 100 vagas a serem preenchidas. “O Provab é transitório, funciona nos vazios assistenciais, não substitui o contrato de trabalho regular.
Quem diz o contrário faz uma critica vazia”, afirmou o secretário, sempre falando em um diálogo maduro com as entidades sindicais. “Na posição de gestor, o nosso compromisso é com a população (e não com o corporativismo médico)”, disse.
Na entrevista ao programa CBN Total, o secretário de Saúde disse ainda que a gestão municipal aprova até mesmo o programa nacional que legaliza diplomas de estrangeiros.
Ele citou a experiência pessoal, na Inglaterra. “Como gestor, onde houver carência temos que prover, desde que a legalização do diploma ocorra com controle de qualidade dos profissionais.
Não vamos nos furtar (a aderir ao programa.
Na Inglaterra, mais de 30% dos médicos dos PSFs eram estrangeiros.
Não havia esse debate.
Era tudo tranquilo”, comparou.
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