Foto: Clemilson Campos/JC Imagem A vereadora do Recife Priscila Krause (DEM) acionou o Tribunal de Contas da União (TCU) para que o órgão promova auditoria especial no convênio 764012 - firmado no início de 2012 entre o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e a Prefeitura do Recife - apontando possíveis irregularidades como dispensa de licitação e superfaturamento.
O convênio – ao custo de R$ 5,702 milhões - tem como objeto a restauração da Torre de Atracação do Zeppelin, que funcionou entre 1930 e 1936 e está localizada no Jiquiá.
Em matéria registrada em 2008, o então prefeito João Paulo afirmou que a restauração completa da Torre custaria R$ 1,1 milhão.
De acordo com a democrata, o valor contratado é comparável ao custo da restauração e requalificação de monumentos mundialmente famosos, como a estátua do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro.
Além de dispensa de licitação e superfaturamento, na representação, Priscila, que visitou as obras nesta terça-feira (2), questiona a realização de “restauração artística” em paióis do Exército, bens que necessitariam apenas de simples procedimentos de manutenção; o atraso na execução dos serviços apesar do pagamento de 90% do valor contratado e da expiração do prazo contratual; e, por fim, a ausência de publicidade de informações nas proximidades da Torre.
Em paralelo aos questionamentos aos órgãos competentes, a vereadora também vai protocolar no gabinete do prefeito solicitação para que a administração municipal instaure procedimento interno para averiguar a regularidade do convênio.
Para Priscila, o prefeito Geraldo Júlio (PSB) deve congelar provisoriamente o pagamento do empenho restante à empresa escolhida – Artesanal Arte & Restaurações Artesanais Ltda. – ME -, emitido em 21 de novembro passado no valor de R$ 607 mil.
Dos R$ 5,7 milhões já transferidos pelo governo federal, R$ 5,1 milhões já foram direcionados à empresa.
Pedido de auditoria ao TCU sobre convênio do Zeppelin from manoelpiresmedeirosneto