Dilma bem distante de Eduardo Campos (Foto: Aluisio Moreira/SEI) Na abertura da reunião do conselho deliberativo da Sudene, em Fortaleza, a presidente da República, Dilma Rousseff, admitiu que o governo federal foi pego de surpresa pela seca. “Ninguém previu a maior seca dos últimos 50 anos”, afirmou em discurso.

A presidente lembrou que não há registros de saques nem a população está passando fome, ponderando que “cenas dolorosas continuam, sem sombra de dúvida”.

E colocou como principal desafio enfrentar, com as ações de emergência, os efeitos da seca na esfera produtiva.

Dilma disse ainda que carros-pipa não foram utilizados com objetivos políticos, no Sertão.

RECADO - A presidente da República reiterou o discurso feito na sua visita a Serra Talhada, na semana passada, quando disse estar trabalhando pelo Nordeste e tentando reduzir as desigualdades regionais - um recado para o seu (até agora) aliado Eduardo Campos, governador de Pernambuco, que tem disparado críticas veladas à gestão Dilma, se projetado nacionalmente de olho nas eleições presidenciais de 2014.

Logo no início do discurso, Dilma destacou a “parceria incondicional com os governadores do Nordeste e com a população nordestina”.

Ela também resgatou a gestão de Lula para afirmar o compromisso das últimas gestões com a região, afirmando que nos últimos 10 anos o Nordeste foi a região que mais cresceu.

A presidente disse ainda que não irá poupar esforços nem recursos para minimizar o impacto da estiagem no semiárido.

Após a presidente, discursou o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho.

A imprensa não pôde acompanhar a fala do ministro.

No evento, a presidente Dilma Rousseff (PT) sentou ao lado do governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), e do ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho (PSB).

Cid Gomes, co-partidário e desafeto de Eduardo Campos (PSB), é defensor do apoio do partido à reeleição de Dilma.

Já Bezerra Coelho está numa situação incômoda, entre o presidente do seu partido, que nunca lhe confiou um cargo majoritário, e a ala petista, que cogita integrar-lhe ao partido para uma candidatura ao governo de Pernambuco em 2014.