Foto: Ricardo B.

Labastier/JC Imagem Por Otávio Batista, do Jornal do Commercio Até outubro deste ano um assunto frequente nos corredores e reuniões da política será o troca-troca de partidos dos insatisfeitos com suas atuais legendas, de olho nas eleições de 2014.

No momento, três nomes estão de malas prontas para embarcar em novos partidos: o deputado federal Carlos Eduardo Cadoca (ex-PSC), o ex-vereador e atual assessor especial da Câmara Municipal do Recife Josenildo Sinésio (ex-PT) e o vice-governador João Lyra Neto (PDT).

Além deles, especula-se a saída do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Guilherme Uchoa (PDT) e, no plano federal, já se ventilou a possibilidade de o ministro Fernando Bezerra Coelho (PSB), deixar o núcleo socialista, do qual é uma das principais lideranças e aportar no PT, onde teria mais chances de concorrer ao Palácio Campos das Princesas em 2014.

No entanto, o socialista nega essa transição.

Há duas semanas Cadoca deixou o PSC, legenda que controlava em Pernambuco desde sua saída do PMDB, fazendo muito barulho.

O deputado federal denunciou que o diretório regional do partido foi “vendido por milhões” pela direção nacional ao ex-prefeito do Cabo de Santo Agostinho Lula Cabral, recém-filiado ao partido.

Momentaneamente sem casa, Cadoca disse disse já ter sido procurado por 14 partidos, de olho no seu espólio de 72.363 votos obtidos em 2010, mas que ainda não tomou nenhuma decisão e que só o fará dentro de um mês.

Assim que deixou o PSC, começou-se a especular uma possível volta ao PMDB de Jarbas Vasconcelos, do qual saiu em 2007, para se candidatar a prefeito do Recife em 2008.

Logo após a desfiliação, reuniu-se com o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), para tratar do seu futuro partidário, mas nenhum martelo foi oficialmente batido.

Comenta-se ainda a possibilidade de Cadoca aparecer no pequeno PSL, de Luciano Bivar, e até no PCdoB.

Já o vice-governador João Lyra Neto (PDT) não faz mistério quanto ao seu rumo após a desfiliação do PDT.

Junta-se ao PSB do governador Eduardo Campos, “por afinidade política”.

A pedra da saída de Lyra do meio pedetista vem sendo cantada há algum tempo, até que o vice-governador confirmou recentemente sua intenção de se juntar ao PSB.

Faltam apenas últimos acertos com lideranças nacionais do PDT, como o senador Cristovam Buarque.

O pivô da saída do vice-governador é o presidente do PDT em Pernambuco, o prefeito de Caruaru, José Queiroz.

O atrito entre os dois se tronou público quando João Lyra Neto publicou uma nota nos jornais anunciando que não iria apoiar a candidatura de Queiroz à reeleição em Caruaru.

E termina com a saída do vice-governador da legenda.

Outro que deixou o partido após décadas de militância foi o ex-vereador Josenildo Sinésio, do PT.

Ligado aos movimentos sociais da base da Igreja Católica, Sinésio deixou o Partido dos Trabalhadores após 25 anos.

Os conflitos internos encabeçados pelos ex-prefeitos João Paulo – ao qual Sinésio é aliado – e João da Costa foram os motivos que fizeram o ex-vereador deixar o partido. “Isso existe (possibilidade de deixar o PT) desde o processo que João Paulo começou a se preparar a sair do PT.

Uma vez que ele voltou atrás e isso esfriou”, revelou.

O ex-vereador prometeu anunciar sua nova legenda em 15 dias e não descarta uma postulação para a Assembleia Legislativa, em 2014.

Já conversou com Sileno Guedes, presidente do PSB, e tem convites do PP, PTB e PV.