Foto: reprodução Nesta quarta-feira (27), o pastor e deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP), mostrou que não está disposto a abandonar o posto de presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara Federal.

Durante a terceira sessão da comissão presidida por ele - a terceira cancelada por manifestações populares contra o parlamentar -, a confusão acabou com um manifestante detido.

Pesa contra o Pastor Feliciano um histórico de declarações que apontam para um possível despreparo do deputado para presidir uma comissão que tem por objetivo garantir direitos a grupos historicamente oprimidas, como negros, índios, homossexuais e mulheres.

A pressão para que ele abandone o posto é grande e, agora, o PPS vai entrar com representação no Conselho de Ética da Câmara para pressionar Feliciano a renunciar. “Para acabar de vez com a situação vexatória que vive a Câmara dos Deputados desde a eleição do pastor Feliciano para presidir a Comissão de Direitos Humanos, o PPS decidiu nesta quinta-feira que não vai mais aguardar acordos políticos para resolver o impasse.

Na [próxima] terça-feira ingressa na Comissão de Ética da Casa com representação contra o deputado”, informou o partido, em nota divulgada hoje.

Segundo o deputado Arnaldo Jordy (PPS-PA), que é suplente na comissão e assina a representação, a renúncia de metade mais um dos membros da comissão forçaria uma nova composição do colegiado e uma nova eleição para a escolha do presidente.

E deverá lutar por isso.

O partido afirma que Feliciano é acusado de pagar, com dinheiro público, escritórios de advocacia que o defendem.

O advogado que protocolou no Supremo Tribunal Federal (STF) a defesa de Feliciano em inquérito por homofobia tem emprego e salário pago pela Câmara, de acordo com o PPS.