Após solicitação do deputado federal pernambucano Mendonça Filho (DEM), a Comissão de Fiscalização e Conjtrole Financeiro da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (27), o requerimento pedindo informações ao ministro da Educação, Aloízio Mercadante, sobre os critérios utilizados na correção da redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), principal avaliação para o ingresso em universidades públicas no País.
Mendonça Filho pede informações ao ministro da Educação sobre os critérios de correção das provas do Enem O requerimento foi apresentado após uma denúncia do jornal O Globo revelando que redações com erros grosseiros receberam nota máxima no Enem.
A que ficou mais popular foi uma redação em que, no terceiro parágrafo, o autor afirmava que “para o texto não ficar cansativo, vou aqui ensinar a preparar um miojo”.
E seguia com o passo a passo para quem for preparar o macarrão.
O tema da redação era imigração ilegal no Brasil.
A redação em questão recebeu nota 7,5 e o avaliador afirmou que o estudante avaliado não fugiu ao tema. “Agora o Governo terá de esclarecer os fatos, pois a denúncia é grave”, afirmou o deputado pernambucano, lembrando que a avaliação tem influência na “vida de milhares de jovens no País”.
O ministro terá de informar os critérios utilizados na correção das provas em relação aos pontos retirados dos candidatos atribuídos a erros na norma culta e os pontos atribuídos à compreensão e ao desenvolvimento do tema dentro dos limites estruturais do texto.
O requerimento pede, ainda, que o ministro informe os pontos atribuídos aos argumentos e à defesa do ponto de vista abordados pelo aluno, os pontos atribuídos à utilização dos mecanismos linguísticos necessários à construção da argumentação e os pontos atribuídos à conclusão e às propostas de intervenção ao problema abordado.
Segundo Mendonça, o Ministério tem de dar explicações e agir para corrigir rumos. “É inadmissível que a avaliação das redações do Enem fique sujeita a julgamento subjetivo e até mesmo ideológico.
Isso gera insegurança para os estudantes e abre espaço para atos de favorecimento e até corrupção”, destacou o democrata.
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