O novo presidente do PSC, Lula Cabral, confirmou, na rádio JC/CBN, ainda a pouco, a explicação dada pelo Blog de Jamildo, na sexta-feira passada, para a cama de gato que deram no deputado federal Cadoca, afastado da presidência do partido e substituído pelo ex-prefeito do Cabo.

Na semana passada, ao anunciar que estava deixando o partido, Cadoca saiu atirando.

Disse que houve negociata e o partido vendeu-se a Lula Cabral.

O blog adiantou que o desfecho da disputa tinha como origem as eleições de Jaboatão do ano passado, elevada à potência graças à briga entre Cabral e Elias Gomes. “Não se admite que o PSC tivesse um candidato competitivo em Jaboatão dos Guararapes e o presidente regional fosse dar apoio a outro partido (no caso, ao PSDB de Elias Gomes, a quem Cadoca apoiou, por ter cargos na gestão municipal)”, afirmou, nesta tarde de terça-feira. “A gente assistiu isto de camarote (lá do Cabo). É um direito dele, mas ele não podia expor o partido ao ridículo. É falta de ética na política”, frisou. “Não queremos mais esse tipo de rinha no nosso partido”, contou.

Nesta terça-feira, o novo presidente do PSC já tratou de colocar Collins nas alturas. “O deputado estadual Cleiton Collins vai ser o nosso candidato a prefeito para substituir Elias Gomes”, afirmou, com uma antecedência enorme.

O deputado federal Carlos Eduardo Cadoca anunciou, em carta enviada à imprensa na noite desta segunda-feira (18), que deixou o PSC, partido que integra há cinco anos e meio e preside no Estado desde novembro de 2007.

O motivo, segundo o parlamentar, é uma “vergonhosa” venda do partido ao ex-prefeito do Cabo de Santo Agostinho, Lula Cabral. “O preço que eu paguei foi o mesmo preço que ele pagou lá atrás, só que sem juros e correção monetária’, ironizou Lula Cabral, que disse não ter interesse de afastar os partidários do PSC que estejam na gestão de Elias. “Se eles estão servindo bem à população, não haveria razão”, observou.

Em nota nesta semana, o partido fala que Cadoca usou o PSC para abrigar esses aúlicos em Jaboatão.

Sobre a nota de Caboca, Cabral acredita que ele foi ingrato com o partido e não se sentiu agredido.

Ele disse que a nota de resposta, em tom duro, não teve o seu aval e foi feita pelo secretário do partido sem a sua anuência.

Em novembro do ano passado, um mal-estar foi gerado no partido após Lula Cabral (ex-PTB), afirmar, em entrevista à rádio JC/CBN Recife, que recebeu um convite do vice-presidente nacional do PSC, Everaldo Pereira, para assumir o comando da legenda em Pernambuco, no lugar de Cadoca.

A notícia chegou a ser negada pelo deputado.

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