Vera Magalhães, no Painel da Folha de São Paulo É a economia Em seu discurso cordial na forma, mas cheio de recados no conteúdo, ontem, Eduardo Campos esboçou o caminho que adotará caso venha a ser candidato à Presidência para não soar como opositor de Dilma Rousseff e do PT.
Ao fazer a distinção entre os avanços sociais dos últimos dez anos e a falta de paralelo na economia, o que poderia levar a “retrocesso”, o governador prepara o terreno para se proclamar mais apto a gerir o legado de Lula, do qual também se dirá herdeiro.
Sincretismo Suando em bicas, Fernando Bezerra (Integração) disse que vivia um bom dilema por ser ministro de Dilma, mas indicado por Campos. “Sou um homem feliz e realizado de servir à senhora e ao meu governador.’’ Cofre aberto De olho na cobrança de Campos pelos resultados econômicos, o governo quer anunciar dinheiro vivo para agricultores atingidos pela seca na reunião do dia 2 de abril, em Fortaleza.
Preventivo O anfitrião do encontro, Cid Gomes (PSB), sugeriu que o governo amplie o prazo do programa Garantia Safra, para que não haja corte de repasses antes do próximo período de estiagem, previsto para o meio do ano.