Foto: Clemílson Campos/JC Imagem Na última segunda-feira (25), em visita ao município de Serra Talhada, Sertão pernambucano, a presidente Dilma Rousseff (PT) cobrou “compromisso de aliados”.
A declaração foi soou como uma alfinetada ao governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), que ensaia se lançar numa candidatura à Presidência da República - o que inevitavelmente causaria uma fratura na base de sustentação da atual gestão.
Eduardo não quis comentar as declarações após o evento.
No mesmo palanque de Eduardo, Dilma cobra “parceiros comprometidos” Leia também: Eduardo Campos minimiza anúncios de Dilma Eduardo Campos deve pedir a Dilma anistia para dívidas da agricultura familiar Mas, nesta terça-feira (26), Eduardo afirmou à imprensa que “de forma nenhuma” as falas da petista foram direcionadas a ele ou ao seu partido. “Nem eu e nem a presidente Dilma somos dados a dizer as coisas pela metade”, disse o socialista, referindo-se a cobranças pessoas como “velha política” e afirmando não ter compromissos políticos com pessoas, mas com projetos. “Tem sido da tradição do PSB e da nossa formação política, que nós nos coloquemos sempre em torno de projetos, de valores, de ideias.
Nosso compromisso é com o povo.” E seguiu. “Nosso compromisso é com um projeto de País.
Compromissos pessoais são típicos das relações pessoais.
Os compromissos políticos são compromissos coletivos.” “É da minha tradição política, é da escola que eu venho, do meu partido, [que o compromisso] com um projeto não se dá em torno de pessoas.
Porque essa é velha política.” “Nós viemos de uma região, que é o Sertão, em que a política se fazia assim.
As políticas se faziam em torno de pessoas, e não de uma disputa de ideias.
Mas nós conseguimos vencer esse tipo de política, né?!” “Afirmar pensamentos, projetos, acho que essa é a nova política que eu acho que deve ir vencendo - na medida que acumule forças - a velha visão política.” “Não acredito que tenha havido [isso] naquele encontro.
Porque nem eu e nem a presidente Dilma somos dados a dizer as coisas pela metade.
Tanto eu digo as coisas por inteiro, como ela diz as coisas por inteiro.” O governador também afirmou que alfinetadas do tipo não são da sua tradição política. “O que eu tinha pra falar, eu coloquei lá com toda clareza”.
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