Gabriela López, repórter do Blog de Jamildo SERRA TALHADA (PE) - Mesmo que o PSB não admita, o investimento de R$ 2,8 bilhões anunciado para Pernambuco pelo governo federal nesta segunda-feira (25) incomodou politicamente o partido, que planeja lançar a candidatura do governador Eduardo Campos ao Palácio do Planalto.
Isto porque a liberação do dinheiro demonstra o que Eduardo não tem interesse de explicitar: que o crescimento do Estado está associado também ao governo federal.
Em Serra Talhada, ministra passa o recibo do governo federal para Eduardo Cabo de guerra: FBC distribui afagos para Dilma e Eduardo em Serra Talhada Ministra anuncia investimento de R$ 3,1 bilhões em Pernambuco Em nota enviada à imprensa após a passagem da presidente Dilma Rousseff (PT) por Serra Talhada, no Sertão pernambucano, o líder do governo na Assembleia Legislativa (Alepe), deputado Waldemar Borges (PSB) - que acompanhou o evento -, disse que os investimentos federais só foram possíveis porque o Estado tinha projetos de engenharia prontos, inclusive com as licenças ambientais já liberadas. “Parte das obras se encontram em execução, como a Adutora do Pajeú, e outras, como o Arco Metropolitano e o ramal ferroviário de Petrolina para Parnamirim, foram identificados como estratégicos nas ações de planejamento do estado e definidas nas reuniões das equipes técnicas [dos governos federal e estadual]”, disse. “A presidente Dilma ao fazer esses investimentos deixa claro que não é a subserviência que garante o apoio do governo federal a um Estado, mas a sua capacidade de fazer projetos e de discutir as questões políticas de maneira franca.
A força política de Pernambuco vem exatamente de sua capacidade de planejar, elaborar projetos e tirá-los do papel", completa.
O deputado ainda avalia no texto que o governador “pontuou com clareza o papel de apoio do PSB em todas as horas ao governo federal, da mesma maneira como deixou clara a absoluta autonomia que o partido tem para discutir o Brasil sem mesquinharias, mas com liberdade para tomar os rumos que julgar pertinentes”. “Tratamos os aliados com solidariedade, mas com altivez”, finaliza.
Um integrante da equipe de Eduardo, que acompanhava os discursos na área reservada à imprensa, contestou em conversa com jornalistas alguns números (investimentos) apresentados pela ministra Miriam Belchior. “Estes números não são novos”, disse.