No Jornal do Commercio desta segunda-feira Pressionado a deixar a presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, o deputado pastor Marco Feliciano (PSC-SP) deu ontem mais sinais públicos de que pretende resistir no cargo.

Ele divulgou em seu site que já prepara viagem oficial à Bolívia nos próximos dias para tratar do caso dos corintianos presos naquele País após a morte de um garoto numa partida de futebol.

Eleito neste mês para o comando da comissão, ele é acusado de ser homofóbico e racista.

O deputado nega e diz que defende posições comuns a evangélicos, como ser contra a união homossexual.

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O deputado disse, ainda, que Tavalera o convidou para acompanhar a situação dos 12 torcedores que estão presos desde o dia 20 de fevereiro pela morte do torcedor do San José Kevin Espada.

A reportagem apurou que o deputado já fez contato com o Ministério das Relações Exteriores.

Na comissão, ele apresentou um requerimento pedindo que o ministério envie solicitação à Embaixada do Brasil na Bolívia e promova gestões para entrega dos torcedores brasileiros detidos, que ficariam em liberdade provisória, sob custódia das autoridades brasileiras, até a realização do julgamento.

O documento ainda não foi analisado pela comissão, que não conseguiu realizar reuniões devido aos protestos que cobram a saída do pastor do cargo.

Isolado na bancada do PSC e sem o aval da Câmara, Feliciano tem até amanhã para apresentar uma solução.

Ontem, o presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), disse que a situação não avançou no fim de semana. “Não tive notícias.” Alves tem dito que a situação ficou “insustentável” diante dos protestos.

Foi ele quem deu o prazo até amanhã para o PSC achar uma solução, já que regimentalmente não é possível destituir o pastor do cargo.

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