Foto: BlogImagem Gabriela López, repórter do Blog de Jamildo SERRA TALHADA (PE) - Na visita da presidente Dilma Rousseff (PT) a Serra Talhada, no Sertão de Pernambuco, nesta segunda-feira (25), a ministra de Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior, foi escalada para fazer a defesa enfática do governo federal frente ao governador e possível candidato ao Palácio do Planalto em 2014 Eduardo Campos (PSB).

Pelo menos esta foi a impressão que se teve ao ouvir o discurso dela.

Sem entrar em confronto direto com o socialista, ela fez questão de exaltar que os investimentos do governo petista foram imprescindíveis para o desenvolvimento do Estado. “Cabe lembrar o esforço do governo federal para trazer a Fiat ao Estado [em Goiana, Mata Norte], este investimento tão importante para Pernambuco”, afirmou, citando a isenção tributária e liberação de recursos viabilizadas pela Presidência.

Ela também mencionou liberação de dinheiro para o Porto de Suape, em especial para a construção da Refinaria Abreu e Lima, orçada em R$ 26,7 bilhões.

Miriam Belchior também foi a responsável por anunciar um investimento de R$ 2,8 bilhões do governo federal em Pernambuco, por meio do PAC2.

Parte deste recurso, R$ 1,2 bilhão, irá para a construção do Arco Metropolitano do Recife, detalhou a ministra, lembrando que mais uma vez a montadora italiana será beneficiada pelo governo federal.

O arco é uma rodovia de 77 quilômetros, que ligará a BR-101 Norte à BR-101 Sul sem passar pela capital pernambucana e ajudará no escoamento do polo automobilístico.

O presidente da Fiat no Brasil, Cledorvino Belini, havia cobrado ao Estado publicamente em fevereiro deste ano a aceleração da obra viária.

Por fim, a ministra sintetizou seu recado: “este investimento de R$ 3,1 bilhões [R$ 2,8 bilhões do governo federal mais R$ 330 milhões do orçamento estadual] demonstra a continuação da parceria do governo federal e estadual para o bem de Pernambuco e do Brasil”.

SEM DISCRIMINAÇÃO - No seu discurso, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, lembrou que não há discriminação na gestão de Dilma. “Não importa o partido.

O governo federal procura se manifestar de forma justa com todos os entes federativos”, afirmou.

Ensaiando um discurso de presidenciável, Eduardo Campos vem defendendo a discussão em torno de um novo pacto federativo, no qual o governo federal não concentre a maior parte da arrecadação do País.

Ele também vem fazendo críticas indiretas ao governo Dilma no que diz respeito à capacidade de investimento, tendo chegado a dizer que “é possível fazer mais” pelo País.