Foto: reprodução Por Bruna Serra No Jornal do Commercio deste domingo Com a visita desta segunda-feira (25), a presidente da República terá passado por Pernambuco quatro vezes durante seus quatro anos de mandato.
A primeira visita de Dilma ao Estado aconteceu em junho de 2011 quando ela cumpriu agenda em Caruaru durante o período junino.
Participou de um jantar na casa do prefeito da cidade, José Queiroz (PDT), e em seguida assistiu a apresentação de quadrilhas no Pátio do Forró.
Na época, o governador Eduardo Campos (PSB) foi o responsável por divulgar toda a agenda da presidente.
De lá para cá muita coisa mudou na relação dos dois, mas só se estabeleceu um clima de animosidade depois que as críticas do socialista se intensificaram.
Em sua segunda estada, Dilma Rousseff esteve inspecionando as obras de transposição do Rio São Francisco e à Ferrovia Transnordestina, além de participar de uma reunião no centro industrial da transposição, em Salgueiro.
Em sua última passagem pelo Estado, a presidente finalmente veio ao Recife.
O prefeito ainda era o petista João da Costa.
Em uma cerimônia repleta de aliados - inclusive o governador - ela entregou as casas do habitacional Via Mangue II chegando a posar para fotos da janela de um dos apartamentos entregues.
O Piauí foi o escolhido da presidente para dar a largada na sua campanha à reeleição em janeiro deste ano, quando protagonizou cenas típicas de corrida eleitoral, vestindo um gibão e usando um chapéu de couro.
O primeiro episódio do périplo pela região em que conquistou mais de 65% do eleitorado em 2010 veio seguido de passagens por Alagoas e Paraíba.
Com a visita de amanhã a Pernambuco, Dilma Rousseff contemplará mais um Estado governado por um socialista: a Paraíba é administrada por Ricardo Coutinho (PSB) e o Piauí pelo socialista Wilson Martins.
Entretanto, o clima amistoso não é bem o que espera Dilma Rousseff, já que o presidente nacional do PSB e governador do Estado, Eduardo Campos, se movimenta diariamente buscando se cacifar para disputar sua sucessão em 2014.
O cancelamento da agenda na capital foi sintomático, deixando evidente que Dilma não está à vontade com as cartadas do “aliado” .
A gestora petista acompanharia as obras da BR-408 que estão sendo tocadas pelo governo do Estado e financiadas por meio de uma parceria entre as duas administrações.
O cerimonial do Palácio do Campo das Princesas divulgou que Campos ofereceria em sua residência um almoço para Dilma.
Um dia depois, na última sexta-feira (22), os precursores de Brasília, responsáveis pela organização da visita presidencial, informaram que Dilma não passaria mais pelo Recife indo embora de Serra Talhada direto para o Rio de Janeiro, onde participa de uma homenagem às vítimas das enchentes: 60% dos cariocas votaram na presidente em 2010 e ela enfrenta hoje problemas de popularidade no Estado pelo veto aos Royalties.