Por Carolina Albuquerque No Jornal do Commercio deste sábado O esforço em reservar ao tradicional cozido do senador Jarbas Vasconcelos (PMDB), hábito mantido há mais de 20 anos, uma aura social não retira o quê político e simbólico.

O peemedebista tem a iguaria em alta conta.

E, prostra-se às panelas, para os seus.

Hoje, na sua casa do Janga, o agrado é ofertado especialmente ao governador Eduardo Campos (PSB), ex-desafeto político com quem selou a paz e uma aliança ano passado.

A lista de quase 60 convidados foi compartida entre o anfitrião e o convidado especial.

A “ceia” acontece às vésperas da visita da presidente Dilma Roussef (PT) ao Estado.

Bastante especulados, deve-se esperar poucas surpresas entre os nomes “agraciados”.

Cotado ao governo do Estado, o senador Armando Monteiro Neto (PTB) é o que mais chama atenção.

Apesar de convidado para o almoço, ele não é da “cozinha” nem do senador nem do governador.

E compartilha do prato culinário e de um espaço íntimo justo no momento em que se especula que é o principal “advogado” no PTB do apoio a possível candidatura presidencial de Campos. “Não haverá tratativa política.

Agora, pode ter esse caráter simbólico porque é uma reunião que marca uma reaproximação política.

No meu caso, é um processo de boa convivência e aproximação de um ano com o senador”, comentou Armando.

Conchavos políticos de lado, em outros tempos, o cozido de Jarbas, que hoje contará com peru como marca do “fim do verão”, foi alvo de fustigada velada do próprio Campos.

Em 2009, quando articulava a candidatura ao governo estadual, Jarbas convidou para saborear a iguaria a bancada de oposição e até governista, numa lista com 27 nomes, da Assembleia Legislativa.

O convite foi analisado com desconforto entre os eduardistas.

Campos chegou a declarar também que enquanto lideranças políticas, sem citar nomes, iam a praia, ele percorria o Estado para ouvir o povo.