Aécio Neves tem missão de “pacificar” tucanos de Minas e São Paulo As declarações dadas pelo governador de Pernambuco e provável presidenciável Eduardo Campos (PSB), na última sexta-feira (22), de que tinha muito em comum com o ex-governador de São Paulo, José Serra (PSDB), deixou o clima ruim entre os tucanos.
Eduardo Campos retribui afagos de José Serra e segue flerte com a oposição O presidenciável do PSDB, o mineiro Aécio Neves, que trava disputas internas no partido contra a ala paulista encabeçada por José Serra, acusou o tucano de São Paulo de “trabalhar para constranger a legenda”. “Há um constrangimento quase generalizado.
O partido sempre esteve ao lado do Serra em suas candidaturas à Presidência, ao governo, à prefeitura e ao ministério.
Agora é hora de ele estar ao lado do PSDB”, disse o senador paraibano Cássio Cunha Lima (PSDB), escolhido pelo partido para rebater Serra. “Não é momento de projetos pessoais, e esse movimento que ele tem feito não engrandece o currículo que ele tem”, completou.
Candidatura de Eduardo Campos a presidente é boa para o Brasil, diz José Serra Aproximação entre Eduardo Campos e Serra inquieta Aécio Neves e o PT O revide veio do líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes, da ala paulista do partido e historicamente ligado a Serra. “É um absurdo quererem patrulhar a agenda de um político como o Serra.
O que ele disse sobre o Campos vai na mesma linha de declarações já feitas pelo senador Aécio Neves e o governador Geraldo Alckmin”, reclamou.
Aécio Neves, que na verdade não pediu votos para Serra em Minas Gerais durante a campanha presidencial do paulista em 2010, preferiu não comentar as declarações.
Sua missão é diminuir as rusgas no partido para conseguir uma união interna que alavanque sua campanha presidencial em 2014.
Tucanos tentam driblar ameaça de racha no partido Na briga por espaços, José Serra ameaça minar candidatura de Aécio Neves No entanto, nos bastidores tucanos, aliados de Aécio Neves afirmaram que o mineiro se irritou profundamente com a movimentação de Serra, considerando uma desonestidade a falta de um aviso prévio sobre o encontro entre o paulista e Eduardo Campos (PSB).
Aliás, três dias depois do encontro com o socialista pernambucano, Serra encontrou o próprio Aécio.
Na última quinta-feira (21), veio à tona o encontro realizado uma semana antes entre José Serra (PSDB) e Eduardo Campos (PSB).
Serra afirmou que uma possível candidatura de Eduardo é “boa para o Brasil”.
O tucano, derrotadopelo PT nas campanhas presidenciais de 2002 e 2010, ameaça rachar o PSDB, minando a campanha de Aécio Neves.
Ambos brigam por espaços dentro do partido.
Serra quer a presidência nacional do partido, cargo para o qual o senador Aécio Neves deve ser eleito nos próximos meses.
O paulista até ameaça deixar o partido e migrar para o PPS - que já anunciou ser favorável a uma candidatura de Eduardo - ou para o próprio PSB do pernambucano.
Os afagos foram retribuídos nesta sexta-feira, quando Eduardo fez muitos elogios a Serra e declarou ter mais afinidade com o paulista do que com muitos aliados dentro do governo federal.
De olho em 2014, o provável presidenciável Eduardo Campos (PSB) está apostando no racha do PSDB, o que enfraqueceria a candidatura de Aécio Neves, evitando assim uma nova polarização entre PT e PSDB.
A abertura aumentaria as chances de sua candidatura ou a da ex-senadora Marina Silva (Rede) chegasse ao segundo turno contra a atual presidente Dilma Rousseff (PT).
Com informações da Folha de São Paulo.
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