Na contramão das ideias Professora Graça Almeida Essa semana a população cabense foi surpreendida com a notícia da extinção da Secretaria da Mulher, que tem papel fundamental ao realizar políticas públicas voltadas a assegurar a igualdade e liberdade de gênero. É um verdadeiro retrocesso para as mulheres cabenses que chegam este ano de 2013 sem representação na Câmara de Vereadores, fato este que já cabe lamentação.

Quando se fala em política para as mulheres se fala em política para cidade, hoje, estamos a margem do “desenvolvimento” no município por ausência do fortalecimento do nosso segmento, o crescimento justo e com igualdade de gênero passa pelo suporte necessário para inserção feminina no mercado, a exemplo do serviço de creches sucateado por uma gestão que não prezou por essa igualdade.

Dados do ministério do Trabalho mostram que na cidade do Cabo de Sto.

Agostinho as mulheres que são 54% da população total, ocupam apenas 29,5% dos postos de trabalho formal .

E que ganham em média 25% a menos que os homens, dado mais alarmante ainda quando analisado em relação aquelas que têm ensino superior onde a diferença ultrapassa os 45%.

Portanto é numa cidade com esse cenário para nós mulheres, em pleno mês de março, de data comemorativa a luta e reflexão aos direitos femininos, que mães, mulheres, donas de casa e trabalhadoras recebem essa notícia.

Claro que a Secretaria não terá a solução para todos os problemas, mas é através dela que seriam realizadas articulações entre sociedade civil e órgãos públicos assegurando os direitos da participação feminina na vida sócio econômica, política e cultural do município. É lamentável ver que estamos na contramão das ideias de busca de uma sociedade igualitária em pleno século XXI.