Foto: Guga Matos/JC Imagem Apesar de não informar um prazo de entrega, o prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), anunciou em visita à comunidade Caranguejo-Tabaiares, na Ilha do Leite, na área central da cidade, a construção de um habitacional para atender às pessoas que perderam suas casas em decorrência de um incêndio ocorrido nesta quinta-feira (21).
O prédio, que será erguido no mesmo local onde estavam as casas destruídas, terá 420 moradias e abrigará as 27 famílias atingidas, além de moradores de palafitas da localidade.
Vítimas de incêndio no Recife acusam governantes de descaso O projeto do habitacional está orçado em R$ 11,5 milhões, com recursos do Minha Casa, Minha Vida.
As unidades seguirão o padrão do programa do governo federal, com dois quartos, sala, cozinha, banheiro e área de serviço.
O socialista também prometeu urbanizar o entorno do habitacional, que inclui serviços de pavimentação, drenagem e esgotamento sanitário.
Nesse caso, os recursos serão do PAC 2 Saneamento.
Sobre o prazo de conclusão da obra, a assessoria de imprensa da Prefeitura apenas informou que não há previsão e que o processo está na fase de desapropriação.
Pela manhã, as 27 famílias foram cadastradas por agentes da Secretaria-Executiva de Defesa Civil com o objetivo de planejar a quantidade de donativos.
Vinte famílias foram encaminhadas para casa de parentes; quatro delas seguiram para o Centro Público de Economia Popular e Solidária Maria Luzinete da Costa, situado na própria comunidade.
Outras três famílias estão em abrigos - dois casais, cada um com uma filha, serão atendidos pela Casa de Passagem do Bairro do Recife e uma mulher e seus quatro filhos serão acolhidos na Unidade Recomeço, em Campo Grande.
A casa recebe mulheres com crianças, que não possuem companheiros.
O fogo teve início por volta das 6h.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, o motivo foi um botijão de gás.
Ninguém ficou ferido, mas quatro animas domésticos morreram.
Alguns moradores reclamaram que a comunidade é esquecida pelos governantes. “Nasci aqui, minha mãe foi uma das primeiras moradoras.
Até hoje, só ouvimos promessas dos governantes.
Somos esquecidos.
Há cinco anos prometeram tirar todo mundo, mas até agora não fizeram nada.
O incêndio de hoje é culpa do descaso”, afirmou o morador Alcidézio dos Santos, 49 anos, em entrevista ao portal NE10 mais cedo.