A deputada Terezinha Nunes (PSDB) subiu na tribuna da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), nesta terça-feira (19), para questionar uma peça publicitária do governo estadual veiculada na revista Voto, do Rio Grande do Sul, e que, para ela, pode ser entendida como propaganda extemporânea com conteúdo subliminar. “O governo pode fazer publicidade de suas ações, mas a linguagem utilizada nessa publicidade é uma linguagem eleitoral”, declarou.

Uma das páginas da peça publicitária, traz a frase “O programa que vai mudar a cara do Brasil”, sugerindo interesses políticos nacionais por parte do governador Eduardo Campos (PSB). “Há interesse de vender o pré-candidato à Presidência da República”, chamou atenção a deputada.

A publicidade refere-se ao programa Ganhe o Mundo, da Secretaria Estadual de Educação e foi veiculada no último mês de janeiro na revista.

Foram 10 páginas de publicidade sobre o programa, que consiste na promoção de intercâmbio linguístico no exterior para alunos da rede pública que se destacam pelo seu rendimento escolar.

Terezinha encaminhou ao chefe da Casa Civil requerimento solicitando informações sobre o custo da publicidade. “A oposição desta Casa poderia dar entrada no Ministério Público num pedido de investigação, mas entendemos que inicialmente devemos nos ater a um pedido de informação ao governo”, declarou.

Líder da oposição, o deputado Daniel Coelho (PSDB), aparteou a correligionária, também protestando contra a publicidade. “Estamos falando aqui de uma revista de política, inclusive, o nome da revista é Voto.

A publicidade em si pouco se refere a Pernambuco, não tem o intuito de trazer retorno ao Estado de e foi paga com dinheiro público”, afirmou.

GOVERNO - Diante do silêncio dos governistas, o Presidente da Assembleia Legislativa, Guilherme Uchôa (PDT), pela terceira vez em 15 dias, deixou a presidência e foi ao plenário defender o governador Eduardo Campos. “Agradeço por V.

Exa. (Terezinha) lançar Eduardo a presidente.

Que o projeto vai mudar o Brasil, vai. É uma contribuição de Eduardo ao País”.

Com informações do Jornal do Commercio.