Foto: reprodução No Jornal do Commercio desta terça-feira Integrantes da bancada do PSC vão se reunir hoje para discutir o impacto da indicação de Marco Feliciano para presidir a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara.
A reunião foi convocada pelo líder da bancada, André Moura (SE), e deve ocorrer à tarde.
Feliciano não deve participar, segundo sua assessoria.
Por meio de nota, o líder lamentou as reações contra o pastor nas redes sociais e em manifestações feitas em várias cidades. “Existem repercussões em todo o país que não devem ser desconsideradas pelo partido”, diz Moura. “Temos confiança que o Feliciano desempenhará o cargo com eficiência e respeito a todas as correntes de opinião.
Contudo, a Câmara e o PSC precisam estar em sintonia com o sentimento da sociedade brasileira”, acrescenta.
Por meio da assessoria, o vice-presidente nacional do partido, Everaldo Pereira, disse que o partido manterá Feliciano no cargo.
Para amanhã ainda está prevista uma reunião entre os deputados contrários à indicação de Feliciano para a comissão.
O ex-ministro da Secretaria dos Direitos Humanos do governo Lula, Paulo Vannuchi, disse ontem que a posse de Feliciano “foi um erro lamentável”.
Para o presidente do PT, Rui Falcão, “Feliciano é um fundamentalista”.
CÂMARA DO RECIFE - E a polêmica envolvendo nomeação do deputado chegou à Câmara do Recife e transformou o plenário, ontem, em um verdadeiro ringue a entre a bancada evangélica e demais vereadores.
A discussão foi iniciada pela vereadora Aline Mariano (PSDB), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal, que encaminhará um documento ao Congresso Nacional pedindo a saída de Feliciano do cargo.
As motivações assinaladas por ela foram as declarações do pastor no microblog Twitter consideradas de cunho racista e homofóbico, as mesmas que têm causado série de manifestações nas redes sociais e deflagrado protestos contra o pastor por todo o Brasil. “É um retrocesso entregar essa comissão nas mãos de alguém incapaz de compreender as diferenças e entender que os direitos humanos são para todos”, afirmou a tucana.
Embora ela tenha frisado que a crítica nada tinha a ver com religião, os membros da bancada evangélica Michele Collins (PP), André Ferreira (PMDB), Carlos Gueiros (PTB) e Luiz Eustáquio (PT) julgaram que as críticas a Feliciano se davam pelo fato de ele ser evangélico.
Para eles, Feliciano não é homofóbico e seus pontos de vista são compatíveis com o cargo que ele ocupa.