No site de Cristiana Lôbo Semana sim e na outra também, Eduardo Campos desembarca em São Paulo para encontros com empresários, industriais ou banqueiros - sempre atendendo a seguidos convites que tem recebido.

Em almoços, jantares ou cafés da manhã, ele tem falado de projetos para o Brasil e encantado empresários que estão preocupados com o que chamam de “excesso de intervencionismo” do governo petista de Dilma Rousseff.

Aos poucos, o governador de Pernambuco vai avançando sobre o território tucano, o chamado “PIB paulista”.

Ele vai se firmando como uma alternativa para disputar a presidência da República e enfrentar o governo do PT com um discurso social semelhante.

E vai ganhando espaço e admiradores que seria do tucano Aécio Neves.

A principal diferença entre eles é a garra.

Campos não hesita em aceitar convites e não se recusa a conversar.

Parece estar sempre focado na política e nos assuntos de gestão.

E sempre deixa a mensagem que o interlocutor quer ouvir: o Brasil precisa superar o período de incertezas, assegurar investimentos e garantir a competitividade.

Música para os ouvidos da platéia. - Ele é objetivo, persistente, tem um projeto consistente para o país – comenta um empresário que esteve num dos jantares com o governador de Pernambuco que já é dado como pré-candidato à presidência da República.

Embora seja de um partido pequeno, ele tem demonstrado aos empresários capacidade de agregar mais apoios.

Nas conversas, fala em “nova política”, que una setores distintos da política e acabe que com o embate permanente que há hoje entre PT e PSDB.

Ele demonstra ter capacidade de ser o caminho do equilíbrio - nem é um liberal e nem será intervencionista.

E, assim, Eduardo Campos vai ganhando terreno.

Até porque, dizem empresários, Aécio ainda não vestiu a roupa de candidato.

Mesmo tendo afinado o discurso na crítica ao governo, passa a idéia de que ainda está mais disposto para ir a uma festa do que para um debate político.