Foto: reprodução No Jornal do Commercio desta quarta-feira A antecipação da campanha presidencial do ano que vem pela presidente Dilma Rousseff e pelo ex-presidente Lula para o primeiro semestre deste ano levou o PSDB a anunciar que “fará uma guerra para salvar o País”.

Os tucanos aproveitaram o mote do seminário Recuperar a Petrobras é o nosso desafio para a declaração de guerra ao governo do PT.

Há cerca de dez dias, numa viagem à Paraíba, ao se referir à eleição, a presidente Dilma Rousseff confessou: “Nós podemos fazer o diabo”. “É assim que eu gosto.

De ver um partido em pé de guerra.

Quando é preciso fazer guerra, vamos fazer guerra para defender o País”, discursou, sob aplausos, o vice-presidente do PSDB, ex-deputado e ex-governador Alberto Goldman.

Ele continuou: “Ou nós acabamos com esse PT, com esse domínio autoritário, ou eles acabam com o Brasil”.

Durante o seminário, militantes do PSDB-Jovem ocuparam a sala da Comissão do Orçamento (a maior da Câmara) com máscaras da presidente Dilma e do ex-presidente Lula e as mãos pintadas de preto, imitando gestos passados dos dois petistas em locais de extração de petróleo, quando simularam sujar-se de óleo e anunciaram que o Brasil era autossuficiente na produção de combustíveis.

Pré-candidato tucano à Presidência da República, o senador Aécio Neves (MG) ouviu gritos de “futuro presidente da República” ao iniciar sua participação e o coro de “Brasil pra frente, Aécio presidente”, quando encerrou o discurso.

Aécio admitiu que o ato em “defesa da Petrobras” faz parte da campanha presidencial antecipada.

Disse que outros se repetirão para tratar de questões como o “BNDES e seu orçamento paralelo”, a falta de segurança no País, o pacto federativo e o modelo de privatização do governo petista, chamado de regime de concessões. “Quem começou a campanha foi a presidente Dilma”, afirmou ele, depois de participar do seminário, durante entrevista coletiva.

O senador disse que a “falta de planejamento” e o “aparelhamento político” da Petrobras trouxeram prejuízos à empresa de cerca de R$ 15 bilhões por ano, além de derrubá-la da liderança de maior empresa da América Latina.

Afirmou que a gestão atual da Petrobras “é temerária” e defendeu ser importante “contrapor o Brasil real do Brasil virtual, da propaganda”.

Para Aécio, é missão do PSDB e da oposição “demonstrar que no futuro a meritocracia vai tomar o lugar do aparelhamento, o planejamento vai superar o improviso e a responsabilidade vai tirar o lugar do despreparo”.