O desempenho da economia pernambucana em 2012 from Jamildo Melo Os economistas da Ceplan Consultoria Econômica e Planejamento escrevem que o ano de 2012 foi positivo para a Economia dos três principais Estados do Nordeste.
O Produto Interno Bruto (PIB) apresentou crescimento real de 2,3% em Pernambuco, de 3,1% na Bahia e de 3,7% no Ceará. Índices bem acima do aumento do PIB nacional no ano passado, de 0,90%.
Estas são algumas constatações da XII Análise Ceplan, um estudo de conjuntura econômica apresentado hoje, no Recife, pelos economistas da Ceplan Consultoria Econômica e Planejamento.
O estudo, que trata ainda da economia nacional e internacional, trouxe um Informe Especial sobre Saneamento em Pernambuco.
Comparando com a Economia Internacional, os Estados nordestinos revelam comportamento similar aos dos países emergentes que, em 2012, tiveram um aumento de 5.1% no seu PIB, contra 1,3% dos países de economias avançadas, segundo relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Na Zona do Euro, o FMI mostra ainda que o ano passado ainda foi de taxas negativas.
Na Itália, o PIB sofreu uma redução de 2,1% e na Espanha, de 1,4%, reflexo do declínio de suas atividades produtivas, segundo o economista e diretor da Ceplan, Leonardo Guimarães.
Neste contexto, o crescimento da economia brasileira em 0,9%,embora tímido em comparação com os demais, junta-se discretamente à melhoria de condições econômicas para os emergentes, para onde convergiram fortes injeções de capital.
Os Estados Unidos mostraram uma boa reação em 2012, registrando um aumento no volume de exportações de 4,3%, percentual seguido pelos 4% dos países emergentes.
Já o Brasil exportou, em volume, 2% a mais do que em 2011.
O desemprego também foi reduzido nos Estados Unidos a 8,2% da população economicamente ativa, deixando a taxa de 6% do Brasil numa inusitada situação de superioridade diante da maior economia do mundo.
Para 2013, segundo Guimarães, o FMI estima um crescimento na economia internacional na faixa dos 3,5% que poderá subir para 4,1% em 2014.
No Brasil, os números da XII Análise Ceplan confirmam a queda acentuada na evolução do PIB entre 2010 e 2012, despencando de 7,5% para 0,90%.
As reduções na indústria, em 0,8%, e na agropecuária, de 2,3%, foram as principais responsáveis pelo fraco desempenho.
Mesmo assim, a curva descendente da evolução do PIB teve uma leve ascensão a partir do segundo semestre de 2012.
Um fator positivo foi a manutenção da taxa Selic, fechando o ano em 7,25% e deixando os juros reais em 2,6% ao ano.
O nível de Investimentos Estrangeiros Diretos (IED) também manteve-se estável, encerrando 2012 com a entrada de US$ 65,2 bilhões no país.
Já o saldo da balança comercial, que mede a diferença entre as exportações e importações brasileiras, apresentou queda em relação a 2011.
Ficou em US$ 19 bilhões, US$ 10 bilhões a menos do que no ano anterior.
A economista Tania Bacelar, também diretora da Ceplan, conclui que houve uma forte desaceleração da economia nacional entre 2011 e 2012, tornando-se preocupante pelo baixo volume de investimentos, que ficou em 18,1% do PIB.