Foto: BlogImagem Foi munido de diversos documentos para provar que o afastamento da promotora Belize Câmara da Promotoria de Meio Ambiente do Recife correspondeu às exigências éticas e legais que o procurador-geral de Justiça do Estado, Aguinaldo Fenelon, recebeu a imprensa, nesta terça-feira (12), após reunião com integrantes do grupo Direitos Urbanos para comunicar que manteve sua decisão.
Ele mostrou matérias do Diário Oficial do Estado (DOE) que apresentavam o trabalho da promotora, a carta entregue aos manifestantes e a publicação no DOE de portarias que comprovam a realocação de outros 13 promotores no mesmo período.
Grupo acionará Conselho Nacional do MP contra afastamento de promotora Belize Câmara é afastada da Promotoria de Defesa do Meio Ambiente do Recife Saída de promotora já era prevista há mais de um mês Belize diz que foi surpreendida com afastamento da Promotoria de Meio Ambiente “Você acha que eu, se quisesse derrubá-la, teria publicado as ações dela no Diário Oficial?
Todas as matérias dela eu apoiei, mas não vou ter um Ministério Público que o promotor é dono do processo”, declarou. “Estou sofrendo com muitas injustiças.
Eu passei por concurso para chegar aqui”, completou.
O procurador demonstrou incômodo com montagens suas e “ataques” que circulam nas redes sociais.
Ele analisará cada caso e estuda entrar na Justiça contra o que ele classificou de “agressões”. “Ninguém tem o direito de agredir a honra do outro.
Se manifestar é democrático, agredir é crime”, observou.
Para ele, há uma politização do grupo Direitos Urbanos, que articulou protestos contra o afastamento de Belize, já que há a participação de ex-candidatos a vereador, como o presidente estadual do Psol, Edilson Silva. “Edilson Silva se apresentou para mim como o porta-voz do grupo.
Foi inclusive ele quem negociou o horário da primeira reunião comigo”.
ENTENDA O CASO - Belize é titular da Promotoria da Infância e Juventude de Jaboatão dos Guararapes, mas estava acumulando a de Meio Ambiente do Recife.
Seu afastamento, no mês passado, causou protesto por ter ocorrido uma semana após a Justiça suspender o processo de aprovação do projeto Novo Recife na Prefeitura, em resposta a uma ação civil pública movida pela promotora.
O empreendimento prevê a construção de 12 torres no Cais José Estelita, área central da capital.
Ela também havia conseguido embargar a obra de um edifício em Apipucos, na Zona Norte.
Tanto este empreendimento como o Novo Recife são bancados pela construtora Moura Dubeux.