Foto: divulgação Por Emanuel Andrade, do Jornal do Commercio SALGUEIRO - Durante visita da Comissão Externa do Senado para acompanhar a Revitalização do Rio São Francisco, com passagem por vários trechos das obras do projeto de integração do Rio na Paraíba, Ceará e Pernambuco, nesta sexta-feira (8), o ministro Fernando Bezerra Coelho (Integração Nacional), ao lado de cinco senadores, incluindo o petista Humberto Costa (PT), amenizou a temperatura das especulações em torno de sua possível saída do PSB para aportar no partido da presidente Dilma Roussef (PT).
O socialista se disse envolvido em um debate desnecessário para o momento em torno de 2014, ressaltando que tudo não passa de “um atropelo” de quem tem interesse em “bagunçar” o processo de crescimento do País e do Estado de Pernambuco. “Isso tudo é inconveniente agora por se tratar de especulações sem fundamento, até porque temos compromisso com a presidenta Dilma Rousseff.
Todos sabem que sou ministro colaborador por indicação do meu partido.
Assim, a missão maior é tocar as obras do ministério em todo País”, afirmou.
Em outro momento da entrevista, entretanto, Bezerra falou sobre a sucessão estadual – sonho que acalenta desde que foi prefeito de Petrolina.
Disse que o governador Eduardo Campos – presidente nacional do PSB – está mais preocupado no momento com o montante de obras para Pernambuco e o crescimento alinhado em vez de apontar nomes para a sucessão.
E avisou que, na “hora certa”, seu nome será colocado, sim, em discussão. “A gente sempre colocou a possibilidade desse projeto (uma candidatura majoritária sua).
Isso vai ser discutido na hora certa dentro do PSB, que tem diversos nomes e não só o meu. É inconcebível e perda de tempo falar sobre isso agora”, argumentou.
Ainda na esfera político-partidária, o ministro apontou que Eduardo Campos tem reiterado que o importante é o País ganhar o ano de 2013 “para que todos possam estar juntos em 2014”.
Depois dos episódios recentes que contribuíram para estremecer relações entre PSB e PT, e até mesmo internamente no PSB, Fernando Bezerra pontuou que seu papel é respeitar a posição de cada um e que o mais importante é manter-se comprometido com a macro proposta do governo federal por meio da sua pasta à frente do ministério. “Cabe-me corresponder às demandas do governo, já que estou sob a confiança da presidenta Dilma, e continuar abraçando seu compromisso com o Nordeste, que tem um dos maiores projetos de estruturas hídricas do País”, apontou.
Mas se o partido mudar de decisão no campo político mais na frente, para o ministro, “todos devem seguir a orientação do partido, que ainda não se pronunciou sobre isso”.
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