CARTA ABERTA aos irmãos e irmãs, parlamentares evangélicos/as, da CDHM – REDE FALE Prezado/a irmão/ã membro/a da CDHM, Nós, da Rede FALE, somos evangélicos/as oriundos de diversas igrejas evangélicas, tradicionais e pentecostais, que militam no campo dos direitos humanos.

A Rede FALE foi criada inspirada no texto de Provérbios 31.8-9 há 10 anos e tem como vocação ser um testemunho do engajamento e da fé dos cristãos na sociedade brasileira.

Um dos elementos centrais de nossa ação é a compreensão que a oração é um poderoso instrumento para mudar a realidade, reunindo em nossas ações a mobilização de grupos para reuniões de oração, como também para manifestações e ações públicas.

Neste contexto recebemos com interesse a notícia de que o PSC seria responsável pela presidência da CDHM.

Temos a convicção de que a base da garantia dos Direitos Humanos está no reconhecimento da sacralidade da Vida, que provém, como cremos, da imagem e semelhança de Deus que todo ser humano possui (Gn 1.26-27).

Acreditamos também que a maneira como tratamos outro ser humano é reflexo de nossa atitude para com o Criador.

Desprezar o primeiro é desrespeitar o segundo (cf.

Pv. 14.31; Tg 3.9).

Os exemplos históricos de cristãos envolvidos com os Direitos Humanos são vários, figuras como a do pastor batista Martin Luther King Jr. ou do bispo anglicano Desmond Tutu nos inspiram por exatamente colocarem a fé como o motor para suas ações de promoção e defesa dos direitos.

Os necessários avanços dos Direitos Humanos no Brasil poderão acontecer sob a gestão do PSC e, para tanto, nos parece estratégico ouvir o clamor das ruas e dos movimentos sociais com respeito à escolha, pelo partido, de um nome que não traga tamanha carga negativa para a presidencia da Comissão de Direitos Humanos e Minorias.

O PSC possivelmente possui em seus quadros outros parlamentares que possam assumir a presidencia da comissão, e que poderiam contribuir com uma postura conciliadora e propositiva, na qual Cristo tem sido nosso maior exemplo.

Parlamentares mais experientes e entendidos dos ritos e processos da casa também seria um importante critério, considerando o destaque que a comissão possui.

Prezado irmão, escrevemos aqui sob o temor ao nosso Deus e conscientes de que há um caminho de consenso para esta situação.

A ninguém, e muito menos aos direitos humanos, interessa que seja estabelecida uma disputa entre posições extremas, ou mesmo entre visões que se percebem antagônicas.

Em oração para que Deus os cuide e ilumine nessa importante tarefa que têm pela frente, despedimo-nos, Em Cristo, Coordenação Nacional da Rede FALE Leia também: Novo presidente da Comissão de Direitos Humanos, Marco Feliciano, é réu no STF por estelionato Com histórico de preconceitos, novo presidente da Comissão de Direitos Humanos divulga vídeo chorando de emoção Pastor cotado para presidir Comissão de Direitos Humanos quer “quebrar hegemonia LGBT” e “defender a família” Indicação de Marco Feliciano para Comissão de Direitos Humanos gera tumulto na Câmara Pelo twitter, deputado faz comentários contra gays e africanos