Foto: Michele Souza/JC Imagem O afastamento da promotora Belize Câmara da Promotoria de Meio Ambiente do Recife do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), na semana passada, motivou o coordenador do Centro de Apoio Operacional (CAOP) das Promotorias de Meio Ambiente, André Silvani, a entregar o cargo na sexta-feira (1º) passada.
A decisão foi protocolada na segunda (4).
Belize Câmara é afastada da Promotoria de Defesa do Meio Ambiente do Recife A pedido do MPPE, Justiça suspende processo de liberação do Novo Recife Como o nome diz, o CAOP é responsável por orientar as Promotorias de cada área. “Vínhamos apoiando as ações de Belize”, observou André Silvani, que dedicou cinco dos 19 anos de atuação no MPPE à coordenação do CAOP de Meio Ambiente, tendo sido nomeado pelo próprio procurador Geral da Justiça, Aguinaldo Fenelon, o mesmo que afastou a promotora.
O afastamento de Belize causou protesto por ter ocorrido dias após a Justiça suspender o processo de aprovação do projeto Novo Recife na Prefeitura, em resposta a uma ação civil pública movida pela promotora.
O empreendimento prevê a construção de 12 torres no Cais José Estelita, na área central, e é alvo de diversos protestos contra a verticalização da cidade.
Ela também havia conseguido embargar a obra de um edifício em bairro de Apipucos, Zona Norte do Recife.
Tanto este empreendimento como o Novo Recife são bancados pela construtora Moura Dubeux.
Originalmente, a promotora atuava na Infância e Juventude de Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife, mas estava acumulando a instância da capital pernambucana. “Eu não tenho a intenção de polemizar minha saída.
Eu resumiria dizendo que os fatos falam por si.
A atuação de Belize prometia muito mais.
O MPPE precisa dela muito mais do que ela precisa da instituição”, comentou André Silvani.