Foto: Rodrigo Logo/arquivo/JC Imagem A primeira vez que vi o presidente venezuelano pessoalmente foi no anúncio oficial da suposta parceria da PDVSA com o governo federal, em uma cerimônia no Porto de Suape.
Como repórter especial de Economia do Jornal do Commercio, fui escalado para acompanhar o evento.
Era o meio ou final da primeira gestão de Jarbas Vasconcelos quando foi colocada a pedra fundamental da Refinaria Abreu e Lima.
Lula, midiático, aparecer com um capacete de operário e pá.
O venezuelano idem.
Lula armou um palanque em Ipojuca e levou o então governador Jarbas Vasconcelos como convidado, ao lado do presidente Hugo Chávez.
Em 2003, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que sediaria a unidade de refino o governo estadual que apresentasse um sócio.
Os cearenses ficaram uma arara.
Em Suape, o que deveria ser um anúncio econômico acabou se transformando em um evento político grotesco.
Militantes do PSB, com chapéus de palha distribuídos a rodo, vaiavam o adversário do PMDB toda vez que ele era citado nos discursos de Lula ou Chávez.
O já carrancudo Jarbas saiu obviamente chateado da arapuca.
Os socialistas acabaram tomando o poder estadual, Jarbas virou amigo do peito de Geraldo Júlio e Lula continua pelos palanques, colocando sua claque contra quem não é aliado ou se rebela.
A tal parceria da refinaria Abreu e Lima não saiu do papel ainda.
O pessoal da PDVSA queria acesso ao mercado de distribuição do Nordeste, o que a Petrobras nunca aceitou.
Embora Hugo Cháves tenha estado em Pernambuco para o início das obras de terraplenagem da Refinaria Abreu e Lima, desde os anos 80, a Petrobras vinha realizando estudos para construir uma segunda refinaria de petróleo no Nordeste.
Não colocava porque não havia mercado.
A refinaria de petróleo no Porto de Suape começou a acontecer em 2005, mas até hoje está em contrução.
O empreendimento esta 70% concluído.
Chávez entrou só com o gogó.