Foto: Clemílson Campos/JC Imagem Apesar de convocarem uma entrevista coletiva na sede da Ordem dos Advogados do Brasil - Seccional Pernambuco (OAB-PE) nesta terça-feira (5), o presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), Guilherme Uchôa (PDT), e o presidente da Ordem, Pedro Henrique Reynaldo Alves, não tinham muito o que falar.

Nada sobre fim do pagamento do 14º e 15º salários, conhecido como auxílio-paletó.

Aparentemente, Uchôa não tem qualquer pressa para acabar com os benefícios.

Apesar de o presidente da Alepe ter mostrado o Projeto de Lei para Pedro Henrique, ambos negaram que esse tenha sido o tema central do encontro.

O pedetista disse até que sequer trataram do assunto no encontro desta manhã. “A Assembleia tem tempo e é independente”, disse, em referência à Câmara dos Deputados, que aprovou na última semana o fim dos benefícios; da Câmara Municipal, que também extinguiu os 14º e 15º salários; como é independente também da OAB, que no último mês de dezembro entrou com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) pedindo o fim dos referidos benefícios.

Apesar disso, o presidente da Ordem afirmou que vai evitar tornar pública a discussão. “Vamos deixar isso tramitar na Justiça para evitar ataques pessoais ou entre as instituições”, defendeu.

Após duas gestões da OAB em que houve um tensionamento entre a Ordem e a Alepe, tendo como principal objeto de discussões o fim dos 14º e 15º salários, as instituições, na gestão de Pedro Henrique, têm se aproximado.

O encontro entre Uchôa e o presidente da OAB, junto aos ex-presidentes da Ordem e a alguns membros da Alepe, tratou de como OAB e Assembleia podem se reaproximar. “Viemos para trocar ideias.

Não viemos em luta nem em parcerias comerciais”, disse Uchôa.

Há uma possibilidade de um convênio entre o sistema AlepeLegis e a OAB, para rever as leis dos últimos 30 anos", disse Guilherme Uchôa.