Remando contra a maré de louvação ao voo solo do governador Eduardo Campos, em 2014, o líder da oposição na Assembleia Legislativa (Alepe), o tucano Daniel Coelho, colocou em dúvida, de debate no programa CBN Total, com Aldo Vilela, ainda há pouco, as condições objetivas para o lançamento da candidatura do socilalista. “Fora de Pernambuco, Eduardo Campos não tem voto.
Basta chegar em Alagoas que ele já perde para Aécio Neves.
No Ceará, o próprio partido dele não vota nele.
Em Minas Gerais, não se vota nele”, observou.
Em uma fala que pode ser interpretada como uma crítica indireta ao governador socialista, o deputado tucano também disse que o cenário atual não teria como se sustentar por muito tempo, com o PT ocupando secretarias no governo do Estado, enquanto os socialistas contam com ministérios no plano federal. “Não tem como ser oposição e governo ao mesmo tempo.
Não tem como segurar este cenário por muito tempo”.
O deputado estadual comentou ainda a possível formação dos palanques para a disputa presidencial.
Ele disse que tudo dependerá da posição a ser adotada pelo governador Eduardo Campos. “Nós podemos ter candidatos ao governo do Estado, temos nomes, como o prefeito Elias Gomes, de Jaboatão, mas não temos como tomar nenhuma decisão antes da decisão do governador.
A decisão nacional mexe nos estados.
A decisão se ele disputa ou não tem a ver com a formação dos palanques”, afirmou. “Se o governador sair, por exemplo, o PT vai ter que ir para a oposição.
Se ele sair, o Estado vai ter um racha político”, acredita o tucano.
Comentando a formação de chapa da oposição, o deputado federal Silvio Costa, do PTB, afirmou que o PSDB teria que ter um palanque para Aécio Neves de todo jeito, obrigando o lançamento de um nome do partido ao governo do Estado.
Daniel Coelho deve pular fora, uma vez que planeja virar deputado federal. “Vai sobrar para os vereadores.
A missão vai ficar com Aline Mariano ou André Regis”, defendeu Costa, que algumas vezes diz que não tem bola de cristal, mas sempre arruma um jeito de dar pitaco sobre os partidos dos outros.