Foto: Heudes Régis/JC Imagem Por Débora Duque No Jornal do Commercio deste domingo Se havia dúvidas de que a campanha eleitoral já foi deflagrada, a troca de ataques entre PT, PSB e PSDB, na última semana, serviu para enterrá-las.
Em Pernambuco, devido à possibilidade do governador Eduardo Campos (PSB) lançar sua candidatura ao Planalto, os debates sobre a sucessão presidencial e estadual caminham juntos.
Este último de forma discreta, mas na mesma velocidade que o primeiro.
Mesmo adotando a estratégia de não tocar no assunto nem com aliados mais próximos, Eduardo dedica às articulações para a eleição estadual a mesma preocupação e cautela com que trata seu projeto nacional.
Sabe que um depende do outro.
Numa aliança com 14 partidos, será preciso uma “ginástica” para conciliar interesses e evitar “baixas” no palanque.
Por isso, adotou a tática do silêncio, obedecida por seus seguidores, que evitam falar abertamente sobre a disputa para o governo.
Apesar de propagar o discurso do consenso, as negociações para os dois últimos pleitos deixaram feridas abertas. É o caso do ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho (PSB), que teve sua candidatura ao Senado rifada em 2010, e o desejo concorrer, em 2012, ao comando do Recife, para onde transferiu o título um ano antes, cortado na raiz.
Dentro do PSB, seu nome é considerado “carta fora do baralho” para suceder o governador e, não à toa, vieram à tona especulações sobre sua possível ida para o PT, negada por ele na sexta-feira.
Assim como FBC, o apoio à candidatura do atual vice-governador, João Lyra (PDT), é encarada com incredulidade no meio socialista.
No PSB, os nomes “lembrados” são os dos secretários Tadeu Alencar (Casa Civil), Paulo Câmara (Fazenda) e Antônio Figueira (Saúde), além do prefeito do Recife, Geraldo Julio.
Mas, contra o novo gestor, pesa não só o risco do desgaste com a interrupção do mandato recém-conquistado como, principalmente, o fato de ter que entregar o comando da capital para o PCdoB, do vice Luciano Siqueira.
Há ainda um entrave nacional.
Socialistas consideram improvável que, diante de uma candidatura presidencial de Eduardo, a cúpula do PCdoB, dono do ministério dos Esportes, largue a base da presidente Dilma Rousseff para apoiar o governador.
Sendo assim, uma alternativa de perfil semelhante ao de Geraldo seria Paulo Câmara.
Ele é auditor do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e responsável pelo controle da máquina governamental e das metas de arrecadação e despesa do Estado.
Coube a ele os cálculos para a estruturação do recém-criado Fundo de Desenvolvimento Municipal (FDM), que afagou os prefeitos pernambucanos.
Casado com uma prima de Eduardo, Câmara ainda pertence ao círculo familiar do socialista, mas, a despeito da cotação “alta”, não sabe se quer atuar na linha de frente da política.
Já Tadeu Alencar é tido, nos bastidores, como um dos mais “empolgados” para assumir a “missão”.
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