Da Agência Estado O fraco desempenho da economia em 2012, oficializado ontem, já era esperado pelo governo federal, que não pretende anunciar novos pacotes para incentivar a atividade.

Em resumo, tudo o que poderia ser feito para a economia brasileira superar a crise mundial e crescer a um ritmo forte já foi colocado em prática.

Novas medidas emergenciais ou pacotes com uma série de estímulos estão descartados.

O governo quer um 2013 “suave”.

Analistas descartam que PIB afete a popularidade de Dilma Como definiu um graduado economista do governo, os dados do Produto Interno Bruto (PIB) “infelizmente vieram dentro das expectativas”.

Mas o desempenho do último trimestre - o segundo melhor do governo Dilma Rousseff - deixou o governo aliviado, porque os investimentos voltaram a subir, após um ano e meio de queda.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, defendeu pessoalmente essa visão junto a Dilma, em reunião na quinta-feira.

Falando a investidores em Londres, a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, reforçou a mensagem de que, para o governo, o arcabouço de regras macroeconômicas está completo. “Tudo o que precisava ser feito, foi feito.

Os juros caíram e o câmbio se estabilizou.” A economia está, aos poucos, incorporando as novas condições criadas pelo governo nos últimos dois anos, entendem os técnicos.

Com taxas de juros mais baixas em todas as linhas, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) tem aumentado o volume de empréstimos.

Além disso, diversos setores já receberam o benefício da desoneração da folha de pagamento.

Outros dois grandes empregadores - construção civil e varejo - serão incluídos a partir de abril, conforme medida provisória já aprovada pelo Congresso.

Nos bastidores, o governo fala na redução de novos estímulos à economia, após a sucessão de pacotes dos últimos anos.

O governo entrou em pânico no início de dezembro, quando o PIB do terceiro trimestre foi divulgado, com um desempenho ainda mais frustrante do que o estimado inclusive pelo mercado.

Naquele mês, o governo tirou da gaveta uma série de pacotes.

Desta vez, novas medidas estão descartadas.

O governo trabalha com a mesma agenda desde o início do ano, que está dividida em três áreas de atuação, todas já conhecidas: um pacote de estímulo à inovação industrial, que deve ser anunciado neste mês pela presidente Dilma.

Como antecipou o Estado, o governo abrirá crédito subsidiado de até R$ 30 bilhões para inovação, além da criar uma empresa pública para auxiliar o diálogo entre universidades e empresários com necessidade de pesquisa.

As informações são do jornal O Estado de S.

Paulo.