Foto: reprodução No Jornal do Commercio desta quarta-feira O Senado vai transferir para o SUS (Sistema Único de Saúde) cerca de 137 profissionais de saúde que trabalham no serviço médico da Casa.
Por sugestão do ministro Alexandre Padilha (Saúde), o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), pretende colocar os médicos e outros profissionais da área à disposição do governo do Distrito Federal (GDF), depois de anunciar a extinção do serviço médico do Senado.
Viemos propor ao presidente Renan a possibilidade de fazermos um termo de cooperação, um convênio junto com o GDF, para identificarmos serviços públicos na cidade de Brasília que possam receber esses profissionais médicos, que fiquem melhor alocados para servir melhor a população, disse Padilha.
Segundo o ministro, a transferência de médicos do Senado para o SUS é um gesto importante do Senado para o país.
Isso poderá dar uma grande colaboração do sistema de saúde do GDF, afirmou.
Padilha disse que o número exato de médicos e profissionais que serão deslocados para o SUS ainda será definido em conversa com o governador Agnelo Queiroz (PT-DF). “A quantidade de profissionais que vão participar dessa cooperação vai depender da conversa para identificar quais os serviços, quais os hospitais, porque a demanda do GDF são especialidades que o SUS precisa muito”, afirmou o ministro.
Entre as especialidades que Padilha considerou como essenciais para o SUS entre os médicos do Senado, estão pediatras, radiologistas, urologistas e psiquiatras.
EXTINÇÃO - Renan decidiu extinguir o serviço médico do Senado na semana passada, quando anunciou uma reforma administrativa na Casa que prevê uma economia de R$ 262 milhões por ano.
Pressionado por movimentos anticorrupção para deixar o cargo, o presidente prometeu adotar medidas de transparência e cortes de gastos.
O Sindilegis (Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo) vai ingressar com mandado de segurança na Justiça para tentar suspender a decisão de Renan.
O presidente do sindicato, Nilton Paixão, disse que a reforma administrativa foi implantada de forma ilegal.