A Agência Condepe/Fidem divulgou ainda há pouco a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), realizada em parceria com o Dieese e a Fundação SEADE.

A taxa de desemprego total na Região Metropolitana do Recife (RMR) sofreu leve variação, entre os meses de dezembro e janeiro, ao passar de 12,2%, para 12,6%, da População Economicamente Ativa (PEA).

De acordo com o Diretor de Estudos, Pesquisas e Estatística da Agência Condepe/Fidem, Rodolfo Guimarães, o crescimento do índice já era esperado devido a desaceleração na economia, registrada no 2º semestre de 2012. “O aumento da taxa de desemprego é o reflexo da sazonalidade no mercado de trabalho com a diminuição do emprego temporário”, enfatizou.

O crescimento da taxa também ocorreu nas regiões metropolitanas pesquisadas do Distrito Federal (9,8% para 10%), Salvador (16,6% para 17,3%), Fortaleza (7,7% para 8,1%) e, em menor proporção, em Belo Horizonte (5,3% para 5,6%).

Porém não apresentou variação em São Paulo (10%) e diminuiu em Porto Alegre (6,5% para 6,3%).

Segundo o coordenador da PED pelo Dieese, Jairo Santiago, o movimento de desaceleração dos resultados não deve ser encarado com pessimismo. “A RMR tem registrado as maiores taxas e evoluções econômicas da PED, se comparado as demais regiões metropolitanas pesquisadas”, salientou.

Dos setores de atividade econômica analisados pela PED, o comércio foi o que mais influenciou no aumento da taxa de desemprego, ao alcançar o patamar dos 4,9% ou 19 mil.

Os setores de Serviços e Indústria da Transformação ficaram praticamente estáveis atingindo 0,3% ou 3 mil e 0,7% ou 1 mil, respectivamente.

Já o setor da Construção Civil permaneceu estável (146 mil).

Em contrapartida, o trabalho com carteira assinada no setor privado, no comparativo dos 12 meses, registrou aumento de 57 mil e a redução dos sem carteira em 10 mil.

Em janeiro, o desempenho do assalariamento privado apresentou relativa estabilidade de trabalhadores com carteira assinada (0,1%) e o decréscimo dos sem carteira assinada (2,1%).

O conjunto de trabalhadores autônomos registrou relativa estabilidade (0,6%) e o número de empregados domésticos aumentou (2,5%).

Na RMR, entre novembro e dezembro de 2012, o rendimento médio real dos trabalhadores autônomos cresceu 6,2%, enquanto que o salário dos ocupados e dos assalariados decresceu 1,8% e 2,4%, respectivamente.

Em termos monetários, passaram a corresponder a R$ 859, R$ 1.110 e R$ 1.197, simultaneamente.

Nas metropolitanas pesquisadas, o salário dos ocupados aumentou em Fortaleza (3,6%, passando a valer R$ 1.068), Belo Horizonte (2,1%, R$ 1.587), e Porto Alegre (0,5%, R$ 1.598) e reduziu–se no Distrito Federal (-2,3%, R$ 2.250), São Paulo (-1,6%, R$1.732) e Salvador (-0,6%, R$ 1.088).