E a polêmica continua…

Caro Jamildo, recebi hoje de Lucinha Moreira, uma das maiores amigas de Dom Hélder, o email abaixo confirmando tudo que eu falei na coluna Três por Quatro a respeito de Cajá.

Ela me autorizou divulgar o texto até porque foi uma das pessoas que, a pedido de Dom Hélder, ajudou Cajá e se arrependeu.

Abraços.

Terezinha Nunes Veja a carta em questão, abaixo.

Terezinha amiga, o objetivo deste e-mail é parabeniza-la pela matéria que li no Blog de Jamildo sobre o personagem Cajá que, mais uma vez, teve o cinismo de dizer que não traiu Dom Helder.

Ele TRAIU, inclusive por ocasião do envio de uma carta quando estava na Polícia Federal e que negou de todas as maneiras ter sido escrita por ele.

Posteriormente, quando se soube da verdade, Dom Helder, como seria de esperar, perdoou - isso ele faria até com um torturador porque considerava que todas as pessoas eram filhos do mesmo Pai e mereciam a chance do arrependimento – e manteve, pensou e agiu tendo em vista um objetivo maior.

Ele jamais “desmascararia” Cajá, ignorou o caso (para ele creio que considerou incidente) porque não podia prejudicar suas ações em defesa dos direitos humanos,especialmente dos demais presos e suas família por conta de uma ação isolada de Cajá.

Não acredito que ele tenha dito ao Dom que pertencia a nenhum grupo/movimento/partido (a não ser que tenha sido como segredo de confissão)que não fosse aqueles ligados a Igreja muito embora, para Dom Helder, na condenação da tortura e na defesa dos direitos da pessoa, não importasse, de maneira alguma, o engajamento que qualquer uma delas tivesse.

Fui uma das pessoas que deu todo apoio a Cajá na prisão, no acolhimento a mãe dele e ao próprio quando foi solto e estava entre as “tolas” pessoas que ele praticamente levou ao ridículo na referida carta.

Disse a ele numa reunião da Comissão de Justiça e Paz e torno a repetir: se os métodos usados pelo Partido era esse, eu até seria capaz de nem protestar mas, ENGANAR DOM HELDER que tinha uma missão tão importante em relação a ditadura/repressão, para mim era e é imperdoável.

Tem mais uma coisa: a missa que Elis Regina participou foi antes dele ser desmacarado.

Querida Deputada, este e-mail é um desabafo para confirmar suas declarações.

Desejo que continue denunciando o que estiver errado, apoie o que estiver correto, porque é isso que esperamos de você.

Beijos, Lucinha As trapalhadas de Cajá e a blogueira cubana Cajá responde as críticas de Terezinha Nunes em torno de ato contra blogueira cubana Terezinha Nunes refirma que Cajá traiu Dom Helder Advogado de presos políticos diz que Dom Helder ficou mal com trapalhadas Amigo de Cajá diz que deputada Terezinha Nunes tenta caluniar sociólogo