Obras estão atrasadas. (Foto: Guga Matos/JC Imagem) Por Ayrton Maciel No Jornal do Commercio desta sexta-feira Dois anos de uma obra inacabada.

Com entrega prometida para março de 2011, o que teria permitido a desativação das Penitenciárias Barreto Campelo e Agroindustrial São João (PAI), possibilitando a implantação de um complexo turístico na Ilha de Itamaracá, o primeiro Centro Integrado de Ressocialização (CIR) de Itaquitinga, município na Mata Norte, a 70 km do Recife, continua inacabado, e ontem foi o primeiro alvo da agenda de fiscalização de obras e ações do governo Eduardo Campos, que a bancada de oposição na Assembleia Legislativa promete realizar este ano.

Sem manutenção, uma vez que a empresa Advance Engenharia - cabeça do Consórcio Reintegra Brasil - faliu e abandonou a obra, do lado de fora dá para ver que áreas interna e externa do complexo estão com mato crescido, há indícios de deterioração, telhados de duas unidades estão com buracos e um prédio apresenta fissura.

O Complexo de Itaquitinga é uma Parceria Público-Privada (PPP).

A obra foi iniciada em outubro de 2009, com previsão de 18 meses para conclusão.

Pelo contrato, a capacidade é para 3.126 presos - nenhum a mais -, e deveria receber todos os presos de Itamaracá.

A população carcerária da ilha, porém, já chega a 4.500 detentos.

Usando de ardil para contradizer o discurso do governo, que a 108 Km de distância, em Gravatá, ia abrir o seminário Juntos por Pernambuco para 184 prefeitos, quatro dos nove deputados da oposição chegaram, no final da manhã, ao portão da Penitenciária de Itaquitinga.

O objetivo era demonstrar que “nem sempre o discurso traduz a realidade”, revelando que a obra está atrasada, já não comporta a todos de Itamaracá e o projeto turístico para a ilha está incerto. “O governo vende a ideia de que é muito eficiente.

Aqui está marcando passo.

Escolheu uma empresa que não concluiu a obra”, questionou Terezinha Nunes (PSDB). “Queremos que se marque uma data para transferir os presos e desativar Itamaracá. É uma região para o turismo que está toda desvalorizada”, reforçou o líder da oposição, Daniel Coelho (PSDB).

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