Vitória da classe: PCR recua com prazo de implantação da aula-atividade As queixas dos professores surtiram efeito.
Após o Blog publicar, na última quinta-feira (21), que os professores estão insatisfeitos com a portaria publicada pela Prefeitura do Recife, abrindo a possibilidade estender por mais 90 dias - além dos 90 inicialmente previstos - a aplicação da aula-atividade para os professores da Rede Municipal, a Prefeitura do Recife voltou atrás.
Sindicato dos professores reclama de Geraldo Julio: Ele está faltando com a palavra O prazo acordado entre o Sindicato Municipal dos Profissionais de Ensino da Rede Oficial do Recife (Simpere) e a Secretaria de Educação do Recife foi de no máximo 90 dias.
Mas na portaria em que nomeia a comissão paritária, o autor do texto havia “esquecido” a palavra “máximo” e ainda adicionado uma possibilidade de estender o prazo acordado por mais 90 dias.
Mas a portaria será retificada e publicada no Diário Oficial do município neste sábado (23).
A decisão foi tomada após a reunião de instalação da comissão, na tarde desta quinta-feira (21).
A nova portaria fixará o máximo de 90 dias para o fim dos trabalhos da comissão.
A reserva de 1/3 da carga horária do educador para estudo, pesquisa e elaboração elaboração de atividades é uma necessidade da classe, já que o trabalho não se encerra na sala de aula.
A aula-atividade é garantida pela Lei Federal nº 11.738/2008, a “Lei do Piso”, que existe desde 2008 e nunca foi cumprida na capital pernambucana.
A insatisfação da classe é legítima, por isso a veemência na cobrança à atual gestão.
Os professores não aceitam o argumento de que seria preciso “dar tempo” para a atual gestão - que assumiu a Prefeitura em 1º de janeiro - colocar seus trabalhos em prática.
A classe lembra que a Lei já tem mais de quatro anos sem ser cumprida, por isso não aceita que a pauta não tenha sido lembrada durante o planejamento do governo Geraldo Julio.
TRABALHOS - Durante o primeiro encontro da comissão, que aconteceu na Secretaria de Educação do Recife, definiu-se o calendário de reuniões do grupo.
Elas acontecerão no Centro Administrativo Pedagógico da secretaria (CAP), localizado na Ilha do Leite.
Entre as atribuições da comissão estão indicar adaptações na matriz curricular, no quadro de pessoal e no espaço físico das unidades de ensino, a fim de atender à Lei do Piso.
A legislação estipula que um terço da carga horária mensal de cada docente seja utilizado em atividades extraclasse.
A comissão paritária é composta por oito membros, sendo quatro definidos entre os professores e o Simpere, mais quatro escolhidos pela Prefeitura.
As duas representantes da base são as coordenadoras pedagógicas Joelma Vieira dos Santos e Edijane Pereira de Andrade.
O Simpere indicou duas dirigentes do sindicato, Risonilta Germano Bezerra de Sá e Eunice Maria do Nascimento Silva.
Os dois gestores escolares escolhidos pela Prefeitura foram José Fernando Rodrigues de Figueirôa e Maria Goreth Soares da Silva.
As técnicas vinculadas à Secretaria de Educação que compoem a comissão são Rossana Salete de Barros Albuquerque e Elia de Fátima Lopes Maçaira.
Entenda o caso: Falta de estrutura das escolas é o principal entrave para a aplicação da Lei do Piso no Recife Sem poupar Geraldo de ataques, professores aprovam exigências para cumprimento da aula-atividade Boa notícia.
Homologada a comissão de planejamento da aula-atividade no Recife