Foto: reprodução No Jornal do Commercio desta quinta-feira Em um ato simbólico, manifestantes se reuniram em frente ao gramado do Congresso Nacional ontem, com banners, faixas e uma bandeira gigante, pedindo a saída do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) do comando do Senado.

Era um grupo de cerca de 25 pessoas.

Um grupo ainda mais reduzido teve o acesso ao Senado permitido e fez a entrega das 1,6 milhão de assinaturas coletadas na internet em petição pelo impeachment de Renan.

Senadores de oposição tentam dar encaminhamento jurídico ao pedido, mas sabem que é difícil.

Renan evitou comentários sobre o protesto.

Os manifestantes foram recebidos pelos senadores Pedro Simon (PMDB-RS), João Capiberibe (PSB-AP), Cristovam Buraque (PDT-DF), Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), Aloysio Nunes (PSDB-SP) e Pedro Taques (PDT-MT), além do deputado Chico Alencar (PSOL-RJ).

Acompanhado de integrantes de entidades civis que apoiaram a ação, Pedro Abramovay, diretor de campanhas da Avaaz, a organização que sediou a petição na internet, levou ao Senado 15 caixas de papelão com folhas representando as assinaturas dos cidadãos que se manifestaram pelo impeachment.

Abramovay destacou que o grupo também protesta contra o voto secreto nas decisões do Senado, especialmente na eleição do presidente.

Cristovam Buarque, com a concordância dos colegas, afirmou que a manifestação não pode ser ignorada e que haverá uma tentativa de dar efeitos jurídicos à petição, alertando que a indignação dos cidadãos pode crescer e afetar não somente Renan, mas todos os senadores. “O Senado não tem o direito de virar as costas.

Podemos até dizer amanhã que não dá para ter um procedimento jurídico.

Mas, não podemos ignorar”, afirmou.

Do Congresso, os manifestantes foram ao Supremo para protocolar pedido para que a denúncia contra Renan seja analisada em um “prazo razoável”.