O empresário Gustavo Dubeux, um dos empreendedores do projeto imobiliário Novo Recife, reclamou publicamente nesta quinta-feira, em almoço em Boa Viagem, da polêmica gerada em torno do empreendimento.

O empresário criticou a proliferação de audiências públicas propostas, mas sem citar a Câmara Municipal do Recife nem a Assembleia Legislativa do Estado. “Esses debates são um desrespeito às instituições públicas.

Nós passamos quatro anos para aprovar o projeto na Prefeitura da Cidade do Recife e em uma série de órgãos públicos, em incontáveis reuniões”, comentou.

Apesar de declarar-se aborrecido com a criação de tanta polêmica em torno do projeto, o empresário da construção civil revelou nesta quinta-feira uma contra-ofensiva e disse que o consórcio vai realizar uma série de exposições com setores da sociedade local. “Vamos em todos os setores.

Só é contra o projeto quem não o conhece.

Não vamos medir esforços para devolver vida urbana ao bairro de São José e ao Recife”, disse.

O arquiteto responsável pelo projeto Novo Recife, Jerônimo da Cunha Lima, reclamou de linchamento. “Ninguém queria ver o projeto (quando apresentado no CDU, na PCR). É como se o objetivo fosse queimar a gestão municipal (João da Costa).

Quando viram que iriam perder no voto, o IAB abandonou a reunião e a votação foi 18 a zero, em nosso favor.

Até a CUT votou com o projeto”, afirmou, revelando ainda outro bastidor.

Cunha Lima disse que, numa dos debates na Câmara Municipal, o ex-vereador Múcio Magalhães chegou a pronunciar-se contra o projeto alegando que ele representava a briga contra o capitalismo.

Múcio Magalhães é ligado ao deputado federal João Paulo, ex-prefeito do Recife que acabou se desentendendo com João da Costa. “Na fase de tramitação ainda fazia sentido.

Agora, depois de aprovado, a gente se pergunta se é lógico”