Foto: reprodução Da Agência Estado O Ministério da Educação (MEC) desperdiçou recursos e negligenciou sua principal ação para inclusão digital durante a gestão de Fernando Haddad, revela auditoria da Controladoria Geral da União (CGU).
Por meio do Programa Nacional de Tecnologia Educacional (ProInfo), o governo se comprometeu a dotar as escolas públicas de laboratórios de informática, mas os auditores constataram que 12,6 mil dos 56,5 mil equipamentos entregues estavam guardados em caixas por até três anos. “Observa-se que, apesar das escolas, no momento do cadastro para o recebimento de laboratórios, declararem a existência de infraestrutura adequada para instalação dos equipamentos, a falta de tal requisito motivou 66,07% das ocorrências de laboratórios entregues e não instalados, o que demonstra fragilidade nos controles da gestão por parte dos Estados e municípios que receberem o laboratório do Proinfo”, diz o relatório da CGU.
A ação de fiscalização do MEC teria evitado um prejuízo de mais de R$ 1 milhão referente ao custo dos aparelhos inutilizados.
Em 15,3 mil laboratórios, os professores não tinham capacitação para operar as máquinas nem para ensinar a usá-las; em 18 mil não havia treinamento em informática ou os espaços serviam para atividades distintas. “Apesar dos avanços proporcionados pelo Proinfo na inclusão digital, (…) o uso pedagógico da informática nas escolas públicas de educação básica não foi plenamente atingido”, diz a CGU, que responsabilizou o MEC por não fiscalizar e acompanhar a execução do programa.
Por meio de nota, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) ressaltou que a CGU só visitou 196 escolas e os números são resultado de uma projeção.
O Fundo, vinculado ao MEC questiona a veracidade dos números do órgão.
A assessoria de Haddad informou que só se manifestará após tomar conhecimento oficial da auditoria.
As informações são do jornal O Estado de S.
Paulo.