BlogImagem O autor do projeto Novo Recife, o arquiteto Jerônimo da Cunha Lima, mesmo mantendo a diplomacia, abriu finalmente o verbo, nesta quinta-feira, em um almoço em Boa Viagem, contra os detratores do projeto imobiliário.
No encontro, o arquiteto também disse que não tinha medo do Ministério Público Federal. “Não temos medo algum.
Podem vir.
Cumprimos toda a legislação”, afirmou.
Nas críticas, o arquiteto Jerônimo da Cunha Lima citou o Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), que tinham assento no Conselho de Desenvolvimento Urbano do Recife e fazia campanha aberta contra as obras. “O IAB nunca quis discutir o projeto.
O que o IAB fez foi boicotar o projeto, tentando confundir a opinião pública”, defendeu.
O autor do projeto também criticou um professor da UFPE, mas não declinou o nome. “Estão falando de má fé.
Não tem essa história de projeto com gabarito maior do que pode.
Não tem essa história de que a verticalização é ruim para a cidade”, afirmou. “Quem faz isto são as mesmas pessoas que participaram da concepção do Projeto Olinda e Recife, no governo Jarbas”, contou, revelando a questão concorrencial que permeia a polêmica em torno da obra, desde o início. “Eles podem ter a opinião deles, não ligo, respeito, mas não posso gostar quando dizem que estamos fazendo algo ilegal.
Não estamos”, garantiu. “O projeto Recife Olinda tinha uma verticalização ainda maior do que este projeto e não teve essa polêmica.
Eles sequer respeitavam a legislação vigente e não teve essa polêmica”, comparou.
Na apresentação que fez hoje do projeto para a imprensa local, o arquiteto contou que os empreendedores colocaram a área na mão do escritório e só fizeram uma recomendação, no sentido de que eles tivessem o cuidado de respeitar a legislação em vigor. “Nós inventamos aquilo lá.
Se tiver bom ou ruim, nós assumimos”, observou.
Jerônimo também rebateu que o escopo do projeto será especulação imobiliária. “Por definição, especulação imobiliária ocorreria se o terreno fosse travado para os netos dos empreendedores.
O que ocorre é justamente o contrário.
Só a renda que vai ser gerada para a prefeitura em impostos é gigantesca, cerca de R$ 5 milhões em IPTU.
Que especulação imobiliária é essa?”