Foto: Arnaldo Carvalho/JC Imagem Apesar da exigência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) de que o Viaduto das Cinco Pontas seja demolido na execução do projeto Novo Recife, no Cais José Estelita, área central da capital pernambucana, o elevado pode ser mantido.
Para o secretário de Desenvolvimento e Controle Urbano do Recife, João Braga, o equipamento só deve ser retirado caso o plano viário constatar a necessidade da intervenção.
Consórcio Novo Recife promete assumir custo de R$ 2 milhões para demolição de viaduto das Cinco Pontas O secretário lembrou que, além do Novo Recife, o entorno do Cais José Estelita recebe outras intervenções que terão impacto no trânsito na área, como a requalificação do Porto do Recife, a futura restauração no Centro do Recife e obras no Pina, na Zona Sul. “Tudo isso tem que ser avaliado para não se cometer o erro de derrubar um viaduto e depois constatar que piorou o trânsito. É preciso pensar a longo prazo, no que vai ocorrer com o Recife daqui a cinco anos, por exemplo, quando todas essas obras estiverem prontas. É um impacto grande na cidade”, observou, durante apresentação do empreendimento na Câmara do Recife nesta quarta-feira (20).
A derrubada do viaduto é uma das 14 ações mitigadoras apresentadas até agora para o Consórcio Novo Recife, responsável pelo empreendimento.
Para o Iphan, a ação adequaria o projeto à paisagem e permitiria uma visualização melhor do Forte das Cinco Pontas.
O custo para a demolição é de R$ 2 milhões, arcado pela iniciativa privada.
Em uma reunião do Conselho de Desenvolvimento Urbano (CDU) ficou acordado que o dinheiro da ação será reservado para caso o plano viário aponte a necessidade da demolição.
O estudo começará em abril.
O secretário não divulgou o prazo de conclusão.
VLT - Ainda em relação ao projeto Novo Recife, a Prefeitura estuda uma forma de utilizar a linha férrea que passa pela área e é a mais antiga do Brasil, datada de 1885.
De acordo com Braga, pode ser colocado um Veículo leve sobre trilhos (VLT) em cima do trilho, para ligar Afogados ao Centro.
A questão está sendo debatida com o Porto do Recife e o Governo do Estado, por exemplo.