Líder da oposição, Aline Mariano tem missão de não deixar o grupo se perder Por Carolina Albuquerque No Jornal do Commercio desta terça-feira O prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), tem adotado uma postura diferente do seu antecessor, João da Costa (PT), em relação à Câmara Municipal.

Para evitar confronto direto, a estratégia é se antecipar ao máximo à diminuta oposição e, por consequência, aos temas polêmicos.

A “apresentação”, amanhã, do secretário de Mobilidade Urbana, João Braga, sobre os principais projetos da sua pasta inaugura uma série de audiências e reuniões públicas já articuladas com vários secretários municipais.

Para se ter uma ideia, nem mesmo o requerimento da vereadora Priscila Krause (DEM) pedindo uma audiência sobre a Via Mangue foi votado, e o líder do governo, Gilberto Alves (PTN), já adianta que o secretário de Serviços Públicos, Nilton Mota, e o futuro presidente da URB - ainda não efinido - devem estar na Casa José Mariano no dia 21 de março, para tratar do tema.

Amanhã, Braga fará uma espécie de “palestra” em que detalhará os grandes projetos, como os polêmicos Novo Recife e dos edifícios garagem.

Será durante o grande expediente.

O público em geral, porém, não tem direito à palavra.

Alvo de embate durante a gestão João da Costa, o Novo Recife voltará a ser tratado em audiência, convocada pela líder da oposição, Aline Mariano (PSDB), mais de duas semanas depois, dia 7 de março.

Dia 28 será a “prestação de contas” do secretário de Finanças, Roberto Pandolfi.

Dentro de 15 dias, o secretário de Educação, Valmar Corrêa, falará aos membros da Comissão de Educação.

Aline chegou a apresentar um requerimento pedindo uma audiência sobre a implantação de 1/3 da carga horária para a aula-atividade aos professores.

Porém, foi retirado de pauta diante da vinda do secretário.

Ainda estão previstas visitas aos vereadores dos secretários da Saúde e da Mulher. “É uma ordem expressa do prefeito: manter diálogo permanente com os vereadores”, disse Gilberto Alves.

Dentro da mesma lógica, o prefeito está analisando 30 projetos de lei pendentes de autoria do Executivo em tramitação desde 2005.

Entre eles, estão o Plano de Mobilidade e o que implanta o plano de cargos e salários dos guardas municipais, este último enviado no final de 2012 pelo seu antecessor, que à época foi bastante aplaudido pela classe.

Geraldo já admitiu que poderá revogar algum ponto. “Mas a gente vai analisar depois das secretarias.

Tem projeto de muitos anos lá”, advertiu.