Foto: JC Imagem Por Ayrton Maciel No Jornal do Commercio desta terça-feira A pequena bancada da oposição estadual está mesmo disposta a demonstrar que “não é adesista” e que tem consciência do seu papel de fiscalizadora do governo Eduardo Campos.
Estratégia definida há 15 dias, os nove integrantes da oposição, na Assembleia Legislativa, realizam, na quinta-feira (22), a primeira operação relâmpago (blitz) de uma agenda de fiscalização de serviços, obras e ações do Executivo no Estado. É o resgate das visitas súbitas para flagrantes, feitas em 2011 na região metropolitana, que agora vão incorporar estradas e abastecimento d’água no rol de setores visados, como saúde e educação.
A bancada mantém em sigilo a primeira a cidade a ser fiscalizada, mas revela que é no Agreste, a duas horas do Recife.
Hoje, após a sessão, os oposicionistas fazem a segunda reunião quinzenal.
Manter reuniões periódicas foi outra decisão tomada, para buscar uma coesão de objetivos e uma coordenação permanente das ações.
Uma mostra de que vão aumentar o tom e adotar uma atuação articulada foi dada ontem, quando o líder da oposição subiu à tribuna para denunciar o reajuste da Compesa de 7,98% nas contas de água e a assinatura pelo governo da questionada Parceria Público Privada (PPP) para o esgotamento sanitário da RMR. “A remuneração média nacional para o retorno do capital investido nesse setor vai de 6% a 6,5%, aqui a Compesa vai pagar 8,41% (havendo margem para majoração), diferença de percentual que corresponde a R$ 5 bilhões.
Isso não pode ser pago pelo consumidor. É um golpe na população”, repudiou Daniel Coelho (PSDB).
O líder do governo, Waldemar Borges (PSB), que não estava na sessão, por telefone condenou o tom da oposição e justificou as decisões do Executivo. “Não estamos contratando um sistema de recuperação, mas instalando um sistema de coleta e tratamento de esgoto na RMR.
O consórcio vai ser remunerado em cima do que coletar.
Quanto ao reajuste da água, é só uma revisão.
Quando a redução do preço da energia atingir as contas da Compesa, deverá ter uma redução de 2,6% no total das contas”.