Andrea Rego Barros/PCR Nesta terça-feira (19) o prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), recebeu em seu gabinete membros do Observatório do Recife.

O encontro marcou a entrega do projeto “O Recife que Precisamos”, elaborado pelo Observatório após uma série de debates realizados durante o ano de 2012.

A publicação é propositiva, apresentando soluções para os problemas da cidade.

O prefeito afirmou que o documento será elemento balizador do projeto “Recife 500 anos”, a ser elaborado pela Prefeitura com a meta de planejar a capital pernambucana até 2037, ano em que a capital pernambucana completará 500 anos.

O gestor municipal destacou a importância de o trabalho do Observatório ter sido realizado junto à sociedade. “Se for o ‘Plano da Prefeitura’ ou o ‘Plano do Observatório’, eles irão para a gaveta.

Temos de fazer um plano da cidade, com ampla participação da sociedade.

E vocês (do Observatório do Recife), que prestaram um grande serviço elaborando este documento com participação social, certamente serão convidados para a elaboração do planejamento da cidade para 2037.” O gestor destacou que a participação também terá fundamental importância na elaboração do Plano Plurianual (PPA) do Recife.

A metodologia terá um pouco do programa Todos Por Pernambuco, promovido pelo governador Eduardo Campos (PSB) no primeiro ano de cada gestão.

O programa, inclusive, já foi coordenado por Geraldo Julio.

O Orçamento Participativo, marca ds gestões petistas, deve deixar ser puramente um indicador de obras a serem realizadas, passando a ser utilizado também para planejamento a longo prazo.

Tudo será coordenado pela Secretaria de Governo e Participação Popular, liderada por Sileno Guedes, junto com a Secretaria de Desenvolvimento e Planejamento Urbano, liderada por Antônio Alexandre.

Ambas as pastas estão estudando o OP e iniciativas de ouras cidades, para chegar a uma forma de ação integrada entre os braços da Prefeitura, para a elaboração do PPA.

O Observatório do Recife deve integrar o grupo de elaboração do “Recife 500 anos”.

A prefeitura também pretende ampla consulta à sociedade. “Queremos fazer um planejamento da cidade com a participação das pessoas e das entidades. É importante que todos sintam esse planejamento como seu, para que a cidade tenha a sua meta”, disse o prefeito.

Os eixos estruturadores do planejamento de futuro para o Recife elenca cinco prioridades: mobilidade urbana destravada, com foco prioritário nos pedestres, ciclistas, transporte coletivo e, só então, carro; revitalização do Rio Capibaribe, viabilizando-o para o transporte desde o Centro da cidade até a Cidade da Copa, em São Lourenço da Mata, recosturando a Região Metropolitana; Controle Urbano, com foco nas calçadas; Planejamento a longo prazo, pensando em 20307, ano em que o Recife completa 500 anos; e a preservação histórica da cidade, tentando transformar o bairro do Recife Antigo em Parrimônio Histórico da Humanidade, assim como bairro da Cidade Alta, em Olinda.

O arquiteto e consultor Francisco Cunha entregou o documento para Geraldo Julio e colocou como maior contribuição do Observatório a convocação para a participação popular. “Abriu-se a tampa para a contribuição, para o debate amplo, aberto e participativo.

E com foco no planejamento a longo prazo”, disse.

Francisco Cunha foi convidado pelo prefeito para presidir o Instituto Recife de Gestão (IRG), anunciado por Geraldo no período pós-eleitoral.

O IRG deverá trabalhar a formação de quadros com foco na melhoria da gestão e na inovação permanente do poder público municipal.

Quando anunciou a criação do IRG, Geraldo disse que o instituto “será uma Organização Social nos moldes do Porto Digital, que vai funcionar de forma autossustentável, captando recursos junto a organismos internacionais como o Banco Mundial e o Banco Interamericano de Desenvolvimento, além de ministérios como o de Ciência e Tecnologia e o de Planejamento, Orçamento e Gestão”.

OBSERVATÓRIO - O Observatório do Recife surgiu há quatro anos com o intuito de acompanhar os indicadores de qualidade de vida do Recife através de reuniões mensais.

Em 2012, aproveitando o momento eleitoral, a entidade resolveu iniciar uma discussão para tratar os problemas da cidade do ponto de vista urbanístico.

Para tal, o observatório recebeu dez profissionais especializados em diversas áreas.