José Patriota foi eleito presidente da Amupe nesta segunda-feira (18) Por Juliane Menezes No Jornal do Commercio desta terça-feira Confirmado como novo presidente da Amupe, o prefeito de Afogados da Ingazeira, José Patriota (PSB), nega a intervenção do governador Eduardo Campos (PSB) para sua eleição “consensual”, apesar dos sinais indicando o contrário.
O principal motivo para sua escolha seria, segundo ele, o fato de “manter um modelo de gestão semelhante” ao do governador.
Aliado de Eduardo emplacado na Amupe priorizará a luta pelo Pacto Federativo Eduardo quer José Patriota no comando da Amupe Nesta entrevista, o prefeito afirma que sua indicação para a Amupe foi partidária e nega que comandar uma entidade que congrega prefeitos ajude na ampliação da influência do governador, pois considera que o modelo da gestão estadual já é referência nacional.
JORNAL DO COMMERCIO - Quais os seus planos para a gestão na Amupe?
JOSÉ PATRIOTA - Essa eleição parte do princípio da unidade de forças dos partidos de Pernambuco.
Nós temos um apoio político bastante amplo, todo o conjuntos, todos os partidos, PSB, PSD, PTB…
De forma que essa unidade de forças ajuda e fortalece o papel dos município na gestão municipal.
Nós colocamos as teses do Pacto Federativo como questão número um.
Esse debate interessa à população.
Depois, nós temos a meta de fortalecer os consórcios (municipais), focalizando a questão da implementação de políticas públicas de forma mais eficiente.
Os consórcios são a parceria dos municípios com o Estado e com a União.
A Amupe vai fortalecer a atuação dos municípios através dos consórcios que permitem, além de ser uma escala intermediária, colocar gente qualificada na gestão pública. (…) Dentro desse contexto vem a questão do modelo de gestão, para qualificar e profissionalizar as administrações.
A Amupe vai tentar aproximar os municípios menores, mais distantes da capital e com menos recursos, fazer com que tenham um modelo de gestão mais apropriado.
JC - Embora a Amupe seja um órgão dos municípios, o governador Eduardo Campos decidiu intervir e lançou o seu nome.
Foi a primeira vez que o governo do Estado tomou frente nas eleições da Amupe de forma tão direta.
O que o senhor pensa sobre isso?
PATRIOTA - O PSB é o partido que teve maior representatividade, maior número de prefeitos.
Então, propôs (o nome de Patriota) aos partidos da Frente Popular e aos partidos importantes do Estado, foi autorizado pela executiva.
Então, foi o partido que lançou o meu nome, eu sou um membro do partido.
Agora o governador simpatiza.
JC - Mas para montar a chapa, o governador escolheu dois secretários estaduais, Milton Coelho e Aluísio Lessa…
PATRIOTA - Quem primeiro falou da questão estadual (na eleição da Amupe) foi o Aluísio Lessa.
Aí saiu o nome dele, por ele ser secretário, como responsável pela articulação.
JC - Por que o senhor acha que foi o escolhido para encabeçar a chapa?
PATRIOTA - (risos) Quem teria melhores condições de dizer era ele (Lessa).
Mas eu me atrevo a dizer que é a nossa história, nossa caminhada, nossa trajetória, coerência.
Saí do PMDB, sou ficha limpa, tive uma gestão com êxito no ProRural…
JC - O secretário Aluísio Lessa citou que sua escolha teve muito a ver com o fato de o senhor ter sido secretário estadual, gerente do ProRural na gestão de Eduardo e possuir um modelo de gestão parecido com o do governador…
PATRIOTA - A gente disponibiliza essa experiência estadual que tem tido êxito.
A aprovação popular do modelo de gestão é feita a partir de resultados concretos na vida da população.
Há um anseio, as prefeituras estão se renovando bastante, os prefeitos têm sido cada vez mais cobrados. É preciso ter o interesse, sim, de se modificar.
JC - O senhor acredita que colocar alguém que propaga o “modelo PSB de governar” pode, em um órgão como a Amupe, ampliar a influência de Eduardo e pode contribuir na construção de uma candidatura à Presidência da República?
Leia a entrevista completa no Jornal do Commercio desta terça-feira (19).