Renan Calheiros em busca do protagonismo no debate No Jornal do Commercio desta segunda-feira Os presidentes da Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), e do Senado, Renan Calheiros (AL), pretendem usar os cargos para criar uma agenda de votações que os tire da defensiva e projete positivamente o nome do PMDB.

Os dois são alvos da Justiça.

Alves é acusado de enriquecimento ilícito e Renan foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República por peculato, falsidade ideológica e uso de documento falso.

O objetivo dos peemedebistas é aproveitar o protagonismo para ditar a agenda de debates no País.

A ideia de ambos é aprovar projetos que reduzam a burocracia, incentivem a economia e façam uma redistribuição dos recursos arrecadados para beneficiar Estados e municípios.

Antes disso, terão de zerar a lista de pendências herdadas da gestão passada, como o imbróglio sobre a votação de vetos e do Orçamento de 2013, além de 23 medidas provisórias. “Queremos ser conhecidos como o partido que destravou o Brasil”, resume o líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE).

No topo da lista de desejos para a pauta está a complexa rediscussão do pacto federativo, onde entra a unificação do ICMS com o fim da guerra fiscal, a renegociação de dívidas dos entes federados com a União, a definição de novos critérios para o Fundo de Participação de Estados (FPE), além de uma solução definitiva para a nova partilha dos royalties do petróleo.

Outro assunto no qual os peemedebistas prometem se envolver é o da reforma política.

O objetivo é aprovar até setembro mudanças possíveis de serem aplicadas já na próxima eleição.

Há a intenção de impedir coligações proporcionais.

Também agrada ao PMDB a proposta de unificar as eleições, mas ainda falta consenso sobre uma possível ampliação ou encurtamento dos mandatos dos prefeitos.