Foto: Rodrigo Lôbo/JC Imagem Por Gilvan Oliveira, do Jornal do Commercio Dos 32 anos de mandato parlamentar que exerceu entre 1966 e 1998, o período mais marcante na trajetória de Fernando Soares Lyra foi o espaço de 11 meses como ministro da Justiça, entre março de 1985 e fevereiro de 1986.

Um período recheado de fatos, muitos deles desconhecidos do grande público, que pontuaram a passagem dele pelo governo Sarney, guardados na memória do jurista José Paulo Cavalcanti Filho, secretário-geral de Lyra na pasta.

Morre Fernando Lyra, em São Paulo Fernando Lyra, dos palanques para a História O Ministério da Justiça era um dos pontos delicados no processo de transição para o governo civil, pelo seu papel indutor da retirada do “entulho autoritário” do regime jurídico do País.

Foram 11 meses de discussões e elaboração de projetos que procuravam sintonizar o Brasil com as práticas democráticas mais modernas do mundo de então.

Ao final, salienta José Paulo Cavalcanti, a maioria das ideias ficou no campo das intenções: não viraram realidade por contingências políticas. “A gente foi muito longe com as ideias, mas não as institucionalizou.

Se fosse hoje, acho que não teríamos ido tão longe, porém teríamos institucionalizado muito mais coisa”, avalia ele.

José Paulo destaca como um grande mérito de Lyra a de transformar o ministério em amplo espaço para discussões e formulação de projetos com o propósito de mudar o perfil institucional do País.

Trouxe para o Executivo personalidades como Cristovam Buarque, Sepúlveda Pertence e Joaquim Falcão, além do próprio José Paulo, para pensar essas mudanças.

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