Andrea Rego Barros/PCR Como muita gente estava de ressaca, neste sábado, depois do Galo da Madrugada, o grande teste da organização do Carnaval do Recife será mesmo neste domingo.
No entanto, há várias coisas positivas que merecem ser destacadas.
Os pontos negativos, no meu entendimento, já apontei mais cedo.
Geraldo Julio acertou em cheio ao fazer um acordo com vários órgãos públicos e conseguir liberar mais de 1,2 mil vagas de estacionamento, sem pagamento, para os foliões.
Com certeza, uma iniciativa bem vista pela espoliada classe média.
Não se vê carro estacionado pela calçada, aquela bagunça sem fim dos anos anteriores e as pessoas vão andando até os focos de folia.
De quebra, ainda se quebram os flanelinhas, que praticavam extorsão em todos os cantos, sob a tolerância da polícia.
Com o esquema de trãnsito que foi montado este ano, os carros particulares que chegam pela Ponte do Limoeiro são obrigados a voltar do prédio do TRF5, só sendo admitidos os táxis.
No entanto, para não comprometer o fluxo contrário, os guardas de transito não deveriam tolerar que os táxis que chegam pela ponte Buarque de Macedo pudessem pegar passageiros ali.
Perde-se uma faixa de rolamento com a parada.
Achei as ruas bastante limpas e livres, o que é igualmente importante.
Vários vendedores de alimentos foram alojados em espaços dos estacionamentos, formando uma espécie de praça de alimentação.
Parece sonho, mas não se viram mais aqueles ambulantes tomando as ruas, com a venda de bebida e comida sem nenhuma organização.
Pelo menos na parte do Recife Antigo que visitei neste sábado.
Uma coisa que jamais havia visto foi a presença de fiscais da Dircon nas esquinas, ali próximo do Banco do Brasil, justamente para impedir o uso indiscriminado pelos ambulantes.
Uma coisa que senti falta foi de mais lixeiras.
As ruas pareciam muito mais limpas e cuidadas e, de fato, os garis estão passando a todo tempo.
No entanto, uma pessoa educada, que sabe que lixo se joga no lixo, tem dificuldade de achar um local adequado para descartar uma bolinha de papel ou uma garrafa de água mineral.
A falta de educação quanto aos bons costumes continua imperando e não pode ser atribuída ao prefeito.
Mesmo com mais banheiros químicos à disposição, na transversal da Rua da Guia, por exemplo, vi muitos jovens a poucos metros dos equipamentos públicos fazendo suas necessidades no meio da rua, sujando calçadas e postes.
A poucos metros, policiais nada faziam.
O Recife deveria fazer como o Rio de Janeiro e mandar prender essa gente sem educação e sem estilo.
Bebida não deveria ser desculpa para que se aceite tal comportamento.
No quesito segurança, os furtos são inevitáveis.
Um amigo meu teve simplesmente os dois celulares furtados, neste sábado, além da câmara fotográfica da mãe, enquanto pulava no meio de um bloco. É impossível acabar com os descuidistas, nesta época.
Vi a polícia agindo e isto é bom.
A única ressalva foi o espancamento de um jovem músico, na abertura da folia, na sexta-feira.
Soube que no rabo do Galo teve arrastão, na Conde da Boa Vista, mas a polícia agiu e o fato sequer chegou aos jornais.