Fotos: Vinícius Sobreira/BlogImagem Dentre tantos problemas que afetam as escolas da rede pública do Recife, a Escola Municipal Casa Amarela, no Córrego da Areia, se queixa mais da falta de climatização.

A baixa qualidade da infraestrutura é atribuída à falta de investimentos e à lerdeza nas ações da Prefeitura.

O vice-dirigente Ana Paula Paiva lembra que quando a sala 1 é aberta para aulas, é preciso também abrir a porta dos fundos, para melhorar um pouco a circulação de ar.

No primeiro andar, onde há quatro salas de aula, a gestora queria instalar ar-condicionado e colocar azulejo no chão.

Mas a fresta entre as baias não permite a instalação do ar.

E para colocar os azulejos, também como a substituição de baias, só pode ser feita pela equipe de engenharia da Prefeitura. “Solicitamos a visita da engenharia desde outubro, mas eles não vieram ainda.

Já fomos pessoalmente lá, mas eles dizem que ’estão providenciando’ “, reclama.

A direção da escola não conseguiu sequer a substituição das telhas de zinco que cobrem a instituição, que apresentam uma fissura enorme.

Erguida em 1998, pelo então prefeito Roberto Magalhães, a escola tem 6 salas de aula que atendem crianças dos 6 aos 12 anos.

Mas a instituição não tem espaço para as crianças se divertirem, gastarem energia.

A principal área de convivência é o refeitório.

E ainda assim o espaço não é grande o suficiente para que as crianças façam a merenda juntas.

Com duas mesas compridas e quatro bancos, somados às pequenas mesas de plástico, o refeitório recebe de duas em duas turmas de alunos.

O espaço também é utilizado pelo programa Mais Educação.

No refeitório acontecem as aulas de dança, desenho, pintura, xadrez, matemática e letramento.

Ana Paula Paiva comenta que a falta de estrutura atrapalha muito na concentração dos alunos, que são afetados pelo calor excessivo e pelo barulho no andar de baixo nos dias de dança. “Em dias de aula de dança os alunos lá em cima ficam visivelmente agitados”, lembra a vice-dirigente. “E o objetivo para este ano é a climatização das salas de aula, porque o calor é a maior queixa dos alunos. Às vezes colocamos 3 ou 4 ventiladores, mas a sala ainda fica quente”, recorda.

Os estudantes da E.M.

Casa Amarela não têm aulas de educação física ou música, como prevê a Lei.

Veja a situação de outras escolas: A 500 metros da Prefeitura, escola municipal vive de doações No Prado, população espera há anos que escola seja transferida Escola Municipal da Mangabeira convive com tráfico de drogas no telhado MPPE já tentou fechar escola com apenas três salas de aula, no Córrego da Areia BIBLIOTECA - A biblioteca da instituição é gerida por duas professoras efetivas da Rede Municipal, que se revezam nos turnos da manhã e tarde.

As profissionais também auxiliam nas salas de aula, quando as titulares das classes participam da formação contínua, no Centro Paulo Freire.

De acordo com a Ana Paula Paiva, os alunos vão à biblioteca ao menos uma vez por semana, participar de atividades de leitura.

A presença semanal também é garantida no laboratório de informática, onde as aulas são ministradas por estagiários de ensino médio, ainda sem o devido preparo. “Eles recebem orientação da professora sobre que atividades realizar”, afirma a vice-dirigente.

CELPE - Na biblioteca o Blog pode observar um buraco no teto.

De acordo com Ana Paula, a equipe de engenharia da prefeitura visitou o colégio para trocar a rede elétrica, de monofásica para trifásica, já que o disjuntor não estava suportando.

Mas o serviço da equipe de engenharia não foi aprovado pela Celpe, que se negou a concluir o processo, alegando risco de acidente.

Veja a matéria pricipal e a galeria de fotos no link: Falta de estrutura das escolas é o principal entrave para a aplicação da Lei do Piso no Recife