Foto: Igo Bione/JC Imagem Por Bruna Serra, do Jornal do Commercio Administrar uma base inchada já não é tarefa simples para políticos escolados.

Marinheiro de primeira viagem, o prefeito Geraldo Julio (PSB) deve mexer em vespeiro ao assinar decreto que limita a cessão de funcionários do quadro da Prefeitura à Câmara Municipal, o que deve ser feito até o final desta semana.

Nas gestões anteriores, os ex-prefeitos petistas João Paulo (2001-2008) e João da Costa (2009-2012) jamais se arvoraram em rever tal contingente.

Sabiam que comprariam briga com aliados, uma vez que, para desvendar o quantitativo de funcionários e o impacto deles nas finanças da PCR, seria preciso abrir a “caixa-preta” da Câmara.

Vicente: a Câmara pode parar A prefeitura informa não saber precisar quantos funcionários estão cedidos, hoje, ao Legislativo: estima em levantamento prévio 400 pessoas.

Extra-oficialmente, fontes da Câmara apontam para, aproximadamente, 700 servidores nesta condição.

Em média, são sete por cada gabinete de vereador, além dos que estão lotados nas instâncias administrativas da Casa de José Mariano.

A proposta do prefeito Geraldo Julio – que está sendo negociada há uma semana pelo secretário de Articulação Política, Fred Oliveira – é que após o decreto sejam cinco por gabinete.

A Prefeitura resolveu tomar a medida depois que o vereador Raul Jungmann (PPS) ingressou, sem alarde, com um pedido de informação.

Ele quer saber se o pagamento desses funcionários ultrapassa o patamar de 4% da receita que a PCR repassa como duodécimo à Câmara.

Conforme a Constituição Federal, em seu artigo 29-A, o prefeito pode ser responsabilizado criminalmente caso a cessão signifique ultrapassar este percentual.

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